Dilma ataca e questiona Marina sobre orçamento para executar promessas

Do UOL, em São Paulo

O debate que está sendo realizado nesta segunda-feira por UOL, SBT, "Folha de S.Paulo" e rádio Jovem Pan começou com a presidente da República e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), indo ao ataque contra a candidata do PSB, Marina Silva.

Já em sua primeira participação, a petista escolheu Marina para responder sua pergunta e indagou sobre a origem dos recursos para cumprir as promessas que vêm sendo feitas por Marina, como a de destinar 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação (R$ 70 bilhões) e de 10% da receita bruta para a saúde (R$ 40 bilhões). "Todas essas suas promessas dão R$ 140 bilhões. De onde a senhora vai arranjar o dinheiro para cobri-las?"

A pessebista respondeu que será possível dispor de mais dinheiro em caixa na medida em que a estrutura administrativa seja aprimorada, fazendo com que "o país volte a ter eficiência no gasto público": "Hoje, nós temos um desperdício muito grande dos recursos públicos, inclusive em projetos que estão desencontrados", afirmou Marina.

Eduardo Jorge critica condição dos presídios: "parecem campos nazistas"

Também no primeiro bloco, o candidato Eduardo Jorge (PV) afirmou que o sistema carcerário brasileiro faz lembrar os campos de concentração nazista e aproveitou para defender uma revisão na política de proibição às drogas.

A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, afirmou que concorda com o adversário, que nosso sistema penitenciário é, sim, uma barbárie, mas que a culpa é dos governos estaduais.

"Por isso, o governo federal colocou à disposição dos governos estaduais R$ 1 bilhão para que se financie modificações, novas penitenciárias", disse a presidente-candidata, no que foi rebatida por Eduardo Jorge: "Não adianta pôr a culpa no governo estadual. O erro é você só investir na privação da liberdade, não investir no (regime) semiaberto, no aberto, de forma rigorosa para aumentar a capacidade de reintegração, porque há uma reincidência".

Já o candidato Aécio Neves (PSDB) aproveitou a sua primeira pergunta para questionar Eduardo Jorge (PV) sobre o crescimento negativo do PIB no último trimestre (0,6%), aproveitando para, indiretamente, atacar o atual governo federal. O candidato do PV não desperdiçou a chance e disse ser este crescimento econômico "o legado" deixado pela atual administração.

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