Entre os mais ricos, rejeição a Dilma medida pelo Ibope bate nos 50%

Do UOL, em São Paulo

A pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (26) mostrou que a presidente Dilma Rousseff (PT) tem como grande obstáculo nas eleições deste ano a forte rejeição a seu nome. A proporção dos que dizem não votar na petista de jeito nenhum é de 36%, atinge o pico de 50% entre os mais ricos e também é alta entre os mais escolarizados, entre os jovens e os evangélicos.

Dos concorrentes à Presidência, a candidata à reeleição é a mais rejeitada. A taxa de 36% corresponde ao dobro dos 18% que rejeitam o senador Aécio Neves (MG), candidato do PSDB, e mais que o triplo dos 10% que descartam votar na ex-senadora Marina Silva (PSB).

No estrato dos eleitores com renda mais elevada – mais de cinco salários mínimos por mês --, metade afirma que não vota na presidente. A rejeição a Aécio neste segmento se mantém em 18% e a de Marina oscila para baixo, chegando a 9%. Ou seja, a taxa da presidente representa mais que o quíntuplo da rejeição à ex-senadora.

Entre os que ganham menos – até um salário mínimo --, a rejeição à presidente despenca para 26% enquanto a taxa do tucano permanece em 18% e a da candidata do PSB sobe para 16%.

Quando se separa a amostra da pesquisa por níveis de escolarização, a rejeição a Dilma também apresenta fortes contrastes. É de 21% entre os que estudaram até a 4ª série, salta para 41% entre os chegaram ao ensino médio e para 48% entre os que passaram pelo ensino superior. Nestes segmentos, as taxas de rejeição a Aécio e a Marina variam pouco. A do tucano oscila entre 16% e 19%. A da ex-senadora vai de 8% a 12%, sneo mais baixa entre os mais escolarizados.

Entre os eleitores de 16 a 24 anos, a candidata do PT enfrenta uma rejeição de 43%. A taxa cai para 34% entre os que estão na faixa de 45 a 54 anos e para 27% entre os que têm 55 anos ou mais. Novamente, as taxas dos principais adversários variam pouco. Nos segmentos por idade, a de Aécio vai de 14% a 19%, sendo mais alta entre os que têm entre 25 e 34 anos. A de Marina oscila entre 9 e 12%.

Os segmentos por religião também chamam a atenção. Entre os católicos, Dilma é rejeitada por 32%; Aécio, por 19%; e Marina, por 11%. Entre os evangélicos, a rejeição à presidente sobe para 42%, a do tucano cai para 14% e a da ex-senadora baixa para 7%.

Apesar das altas taxas de rejeição, Dilma lidera a corrida presidencial no primeiro turno, com 34% das intenções de voto, contra 29% de Marina e 19% de Aécio. Nas simulações de segundo turno, a presidente aparece à frente de Aécio -- 41% a 35% --, mas atrás de Marina – 45% a 36%.

O Ibope entrevistou 2.506 eleitores no país entre os dias 23 e 25 de agosto. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

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