Em debate, Alckmin é alvo de rivais por baixo investimento em metrô e trem

Do UOL, em São Paulo

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição, foi ironizado pelo candidato Laércio Benko (PHS) durante o debate desta segunda-feira (25) promovido por UOL, "Folha de S.Paulo", rádio Jovem Pan e SBT.

O governador dirigiu a Benko uma pergunta sobre os planos dele para a "mobilidade urbana no Estado". Os investimentos do governo atual em metrô e trens também foram criticados pelo candidato Alexandre Padilha (PT).

A resposta de Benko a Alckmin foi direta: "É tirar do papel tudo aquilo que está no papel há 20 anos. Quando começou a obra do Rodoanel eu ainda tinha cabelo", disse ele, hoje totalmente careca.
"O Estado entrega 3 ou 4 km [de metrô] por ano. Estamos muito aquém. Em termos de mobilidade, há muitas ideias e poucas práticas. O ritmo muito devagar. Vou trabalhar de forma séria e correta para tirar esses projetos do papel", afirmou.

O governador se defendeu, apresentando várias linhas que atualmente estão em obras na capital paulista. "Temos três tatuzões operando simultaneamente. A linha 5 está em obras, vamos começar o trecho que vai para o ABC paulista", disse ele. Benko disse que o discurso de Alckmin é o mesmo de outras eleições. "Parece 'replay' das outras campanhas. Concretamente não acontece nada. Por melhor pessoa que seja o governador, será que ele vai cumprir em quatro anos o que não fez em 20?", disse ele.

 
O candidato petista Alexandre Padilha também utilizou o tema de transporte em sua pergunta, dirigida a Walter Ciglioni (PRTB). O petista disse que a ideia é interligar todos os modais, inclusive com a criação de um bilhete único metropolitano, com 25% de desconto para os usuários. 
 
Padilha aproveitou para criticar Alckmin. Ele disse que o governo federal repassa recursos, mas que o governo paulista é lento. "Precisamos investir em transporte de massa nas regiões metropolitanas. Não ao ritmo das promessas não cumpridas pelo governador", afirmou.
 
O candidato do PRTB agradeceu a pergunta, que, segundo ele, é muito cara ao seu partido. Ciglione pertence a legenda de Levy Fidélix, candidato à presidência da República, que ficou conhecido por sempre trazer à sua campanha o "aerotrem" como modelo de transporte para o Estado.
 
O candidato Paulo Skaf (PMDB) mais uma vez preferiu não se vincular à presidente Dilma Rousseff (PT), a quem seu partido, o PMDB, apoia na eleição presidencial. "Tenho dito e repito. Em São Paulo, PT e PSDB são meus adversários. Voto com meu partido", disse ele, sem citar o nome de Dilma para Benko, que disse abertamente votar em Marina Silva (PSB).
 
Paulo Skaf (PMDB) trouxe ao debate o tema dos estupros no Estado, que segundo ele, somam mais de 40 mil nos últimos três anos e meio. Ele perguntou a Gilberto Natalini (PV) sobre o tema.
 
"Tenho uma convicção. O problema de criminalidade é o avanço e o enraizamento do crime organizado, diminuir influência do crime organizado. Não é possível que o chefe do crime organizado controle as suas quadrilhas de dentro dos presídios com seu celular. Quem deixa o crime se organizar dentro dos presídios?", indagou ele.
No primeiro bloco do debate, segurança foi o tema mais citado. Entre os assuntos debatidos, estavam narcotráfico, estupros e força paulista de segurança.
 
Participam do debate os candidatos Geraldo Alckmin (PSDB), Paulo Skaf (PMDB), Alexandre Padilha (PT), Gilberto Maringoni (PSOL), Gilberto Natalini (PV), Walter Ciglioni (PRTB) e Laércio Benko (PHS).
 

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