Apesar de crise, Marina tenta mostrar partido unido na TV

Do UOL, em São Paulo

Apesar da crise aberta pela saída do coordenador de campanha Carlos Siqueira, o PSB procurou mostrar um discurso de união no horário eleitoral gratuito exibido na TV na tarde desta quinta-feira (21). Foi o primeiro programa após a confirmação de Marina Silva como candidata a presidente.

A propaganda mostrou trechos do discurso que Marina fez ontem em Brasília durante a formalização de seu nome como substituta de Eduardo Campos, morto em acidente aéreo na semana passada. "O programa é em si mesmo o pacto selado, o acordo maior que nos une", afirmou a ex-senadora, que apareceu em segundo lugar na pesquisa Datafolha divulgada na última segunda-feira (18).

"Nosso destino comum está traçado no legado de Eduardo", disse Marina. "Exorto a todos, enfim, que saiamos do trauma da perda de Eduardo dispostos a nos entender para levar adiante a nossa missão. Devamos isto a ele e ao povo brasileiro".

Lula critica imprensa e é poupado por Aécio

Em seu horário, o PT procurou mostrar obras de infraestrutura em andamento, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. O programa destacou o projeto de integração do rio São Francisco.

A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição e líder nas pesquisas, apareceu falando na usina hidrelétrica de Belo Monte e às margens do rio Amazonas, onde foi implantada uma linha de transmissão de energia. "É uma obra simplesmente espetacular", afirmou em referência a este último projeto. "Quando dizem que o Brasil está parado até acho graça".

No fim do programa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas à imprensa. Segundo ele, o governo é alvo de uma "campanha negativa de certa imprensa que se tornou o principal partido de oposição".

Lula afirmou que "certa imprensa gosta mais de fazer política do que informar bem" e "é capaz de esconder obras fundamentais que estão transformando o Brasil".

Terceiro colocado no último Datafolha, Aécio Neves, candidato do PSDB, voltou a ressaltar a evolução do país nas últimas décadas, poupando o governo Lula, mas com críticas à gestão de Dilma. "Hoje o Brasil está pior do que estava há quatro anos", disse o tucano.

O senador mineiro afirmou que problemas superados "estão voltando", citando a inflação como exemplo, e que a causa das dificuldades está na forma como o país vem sendo governado. "O Brasil perdeu o rumo", afirmou. 

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