Líder do PT diz que partido prefere enfrentar Aécio a Marina no 2º turno

Bruna Borges

Do UOL, em Brasília

O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), afirmou nesta quarta-feira (20) que o partido prefere que a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, enfrente o candidato Aécio Neves (PSDB) em um eventual segundo turno nas eleições de outubro.

"Nós queremos ganhar ainda no primeiro turno. Mas, se for para o segundo turno, é menos mal se for com o Aécio", declarou o deputado. "O melhor cenário para nós é o segundo turno com o PSDB."

De acordo com pesquisa Datafolha divulgada na última segunda-feira (18), Marina Silva (PSB) entra na disputa eleitoral pela Presidência da República empatada com Aécio Neves (PSDB) em segundo lugar. Ela está tecnicamente empatada com o tucano levando em conta a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos: ela tem 21% das intenções de voto ante 20% de Aécio. Dilma tem 36%.

Vicentinho disse ainda que "custou a acreditar" que Marina Silva (PSB) iria aceitar assumir a cabeça de chapa do partido após a trágica morte de Eduardo Campos em um acidente de avião na semana passada. "Custei a acreditar que aceitaria por tudo que ela falou das contradições sobre as alianças estaduais ."

Para o líder, com Marina o cenário eleitoral muda e merece análise cuidadosa do partido.

"Com Marina é um quadro novo. Precisamos nos debruçar sobre isso. É um quadro para analisarmos com cuidado. É uma candidata que respeitamos e que certamente irá compor com a gente se Dilma passar com Aécio para o segundo turno", disse Vicentinho. Em 2010, quando Dilma passou para o segundo turno com o candidato José Serra (PSDB), Marina não apoiou nenhum dos dois candidatos.

O desempenho de Marina afasta a possibilidade de que a eleição seja resolvida já no primeiro turno. Ele entrou na disputa com quase o triplo das intenções de  voto de Campos (8%).

Na simulação de segundo turno Marina aparece empatada com Dilma, com 47% das intenções de voto ante 43% da presidente. 

Marina também tem a menor rejeição entre os três principais candidatos: 11%, ante 18% de Aécio e 34% de Dilma.

O líder petista também disse que o PT precisa se aproximar dos jovens. "Temos que usar  os programas de televisão  e de rádio para envolver e falar profundamente com a nossa juventude. Ela tem um potencial muito grande. A juventude não viveu o que nós vivemos, um país de juros altos e inflação, retirada de direitos, neoliberalismo, privatizações. Espera-se que com esse diálogo direto a gente consiga reverter esse quadro", defendeu Vicentinho com críticas ao governo do tucano Fernando Henrique Cardoso.

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