Alckmin diz que bônus na conta foi estratégia contra falta d'água em SP
Do UOL, em São Paulo
O candidato à reeleição para o governo de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta quarta-feira (20), em entrevista ao telejornal "SPTV", da Rede Globo, que a crise de abastecimento de água vivida em São Paulo não foi agravada por conta do calendário político.
Questionado se a demora para que fossem tomadas providências estava relacionada com o quadro eleitoral, ele se defendeu, afirmando que o governo agiu em três frentes, diante da maior seca vivida pelo Estado no último século.
"É preciso esclarecer que esta é a maior seca dos últimos 100 anos. Choveu metade da pior seca dos últimos 100 anos", disse ele. De acordo com o governador, o Estado agiu em três frentes: "planejamento, obra e conscientização".
"Estamos fazendo investimentos no sistema São Lourenço, fomos o único ente da federação que ofereceu bônus para que a população economizasse água. O resultado foi que 76% reduziram o consumo e 46% ganharam o bônus", disse ele. Segundo Alckmin, com novas obras, São Paulo deverá passar a depender menos do sistema Cantareira.
Alckmin também foi questionado sobre os problemas para a implantação do sistema chamado CBTC (Sistema de Controle de Trens Baseado em Comunicação, em português), que deveria reduzir a superlotação dos trens do Metrô por meio de intervalos menores entre as composições. O sistema, adquirido em 2008, apresentou sucessivas falhas e não foi implantado, conforme o previsto.
"Houve um problema com a empresa (Alstom), cortamos o recurso (da compra) e houve multa", respondeu. O governador diz que atualmente há 101 km de obras envolvendo metrô, trem e monotrilho na cidade de São Paulo e que o sistema como um todo, passou por melhorias durante o seu governo.
Alckmin defendeu ainda o sistema de ensino paulista e disse que o caminho é unir o ensino médio ao ensino técnico. Ao final, ele defendeu a sua candidatura, que, segundo ele, é baseada em experiência administrativa, trabalho e entusiasmo.
