Os restos mortais do candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) e de mais seis pessoas mortas em um acidente aéreo na manhã de quarta-feira (13), em Santos, foram levados para o IML (Instituto Médico Legal) em São Paulo.

Segundo o Corpo de Bombeiros, os corpos estão mutilados e terão que ser identificados por meio de exames de DNA e de arcada dentária.

O processo de identificação das vítimas por DNA consiste em duas etapas. A primeira é a comparação do material genético entre os fragmentos encontrados até agora. Assim, os peritos conseguirão separar cada um dos sete corpos.

A segunda etapa consiste na comparação do material genético das vítimas com as de familiares de primeiro grau (filhos, irmãos ou pais).

Paralelamente a esse exame, os peritos podem usar os registros dentários das vítimas para comparar com as arcadas dentárias encontradas. Essa técnica é muito utilizadas em casos de corpos carbonizados. 

As autoridades não estimaram quanto tempo todo o processo de identificação irá levar, já que isso depende da condição dos restos mortais e de sua quantidade.

Restos mortais

Uma comitiva do governo do Estado de Pernambuco, juntamente com o dentista de Campos, Fernando Cavalcanti, foi enviada a São Paulo ontem para acompanhar a perícia do corpo das vítimas.

Assessores do PSB informaram que material genético de todos os familiares das vítimas já foi colhido e enviado a São Paulo para o processo de identificação.

Uma equipe composta por 34 técnicos (20 do  IML, 10 do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de São Paulo, e quatro da Polícia Federal) vai participar do processo de análise dos restos mortais.

De acordo com nota da SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo), os exames de DNA ficarão sob a responsabilidade de peritos do Instituto de Criminalística, especialistas em genética forense e que já atuaram em investigações de desastres aéreos. Um deles trabalhou recentemente nas apurações sobre o avião da Malaysia Airlines que foi abatido na Ucrânia em 17 de julho.