O Cessna 560 XL, avião que levava o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos no acidente que o matou, é um jato executivo de porte médio produzido pela Cessna nos Estados Unidos. O 560 XL pertence à família Citation.

Segundo Cassio Poli, empresário do setor e especialista em aviação, "o motor desse avião, Pratt & Whitney, é superconfiável". Ele também diz, que, para a categoria, seu painel é "muito completo".

Segundo George Sucupira, presidente da Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves, esse modelo de avião é "muito confiável". Ele disse que a aeronave usada por Campos "é nova, de 2010, e tinha tripulação bem treinada".

No Brasil, a Cessna é representada pela TAM Aviação Executiva (TAM A.E,). A empresa brasileira ainda não havia se pronunciado sobre o acidente até a publicação desta reportagem.

O avião tem capacidade para levar dois tripulantes e até nove passageiros em sua configuração padrão, segundo a TAM A.E. Em documento da Cessna, a empresa informa que cabem até 12 passageiros, mas o padrão é mesmo nove. A aeronave que levava Eduardo Campos levava sete passageiros. 

Sua autonomia de voo é de até 3.910 quilômetros, podendo ir de São Paulo a qualquer capital brasileira sem escalas. O avião tem 16 metros de comprimento, 17,17 metros de largura de uma asa à outra, e 5,23 metros de altura. O jato alcança uma velocidade máxima de 817 quilômetros por hora e pesa nove toneladas.

O jato é equipado com um sistema anticolisão, que rastreia aeronaves próximas. O sistema seleciona e exibe informações sobre o tráfego de aeronaves que possam representar ameaça de colisão, além de alertas sonoros e avisos para auxiliar os pilotos nas manobras em torno de potenciais perigos.

Além disso, conta com freios acionados por sistema hidráulico, o que, segundo a fabricante, aumenta a segurança da operação, mesmo em pistas curtas.

A Cessna é a maior fornecedora de aviões executivos no Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), existiam 3.661 aeronaves da empresa no país no ano passado, o que representa cerca de 25% do mercado.

No total, a frota de aeronaves executivas (jatos, turboélices e helicópteros) no Brasil era de 14.639 unidades no ano passado.

(Aiana Freitas e Luiza Calegari)