O futuro da política das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) foi um dos principais temas abordados nas sabatinas feitas pelo UOL, pela "Folha de S.Paulo" e pelo SBT com os quatro principais candidatos ao governo do Estado do Rio de Janeiro, de terça (5) a sexta-feira.

O atual governador e concorrente à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), que tem as UPPs como principal bandeira de campanha, defendeu o projeto. "Não vamos retroceder um milímetro", disse. Marcelo Crivella (PRB) também argumentou em favor da política de segurança. Para ele, o próximo governo não pode "hesitar", pois isso faria com que os criminosos criassem expectativa de retomar territórios.

Lindberg Farias (PT) e Anthony Garotinho (PR), por sua vez, fizeram muitas críticas às UPPs. O primeiro afirmou que pretende fazer um "freio de arrumação" a fim de consertar os erros que já existem nas unidades. Ele também culpou as UPPs pela "migração" de criminosos para outras regiões da cidade, como a Baixada Fluminense.

Já Garotinho declarou que pretende transformar as UPPs em "batalhões de defesa social". "Eu não vou acabar com UPP alguma. Vamos fazer algo que é uma evolução da UPP."

Candidatos ao governo do Rio falam sobre as UPPs

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  Luiz Fernando Pezão (PMDB)

  O candidato defende que, até 2018, sejam instaladas mais 50 UPPs no Estado, com foco na Baixada Fluminense, na zona oeste da capital e em São Gonçalo. Uma das estratégias para ampliar a política de segurança é a criação da Cidade da Polícia Militar. "Vamos colocar todo o nosso efetivo dos grandes batalhões ali, ao lado da avenida Brasil, da Maré e da Linha Vermelha". Foto: Júlio César Guimarães/UOL
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  Marcelo Crivella (PRB)

  Crivella defende que as UPPs sejam levadas para outras regiões do Estado, como Baixada Fluminense e cidades do interior. Uma de suas propostas é a criação da "zona franca social" nas favelas com UPPs para fomentar a criação de pequenas e médias empresas. "A população tomou a decisão de não ter o tráfico comandando a vida das pessoas. Toda batalha é difícil, mas não podemos hesitar". Foto: Júlio César Guimarães/UOL
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  Lindberg Farias (PT)

  Lindberg sugere que o governo do Estado faça uma análise da situação atual das UPPs antes de pensar em ampliar a política de segurança. "Sair ampliando, ao meu ver, é uma política irresponsável. Tem que ganhar a guerra e consolidar", disse. O petista afirmou que fará um "freio de arrumação" das UPPs e que aumentará o policiamento ostensivo nas ruas a fim de enfrentar a "migração de criminosos". Foto: Júlio César Guimarães/UOL
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  Anthony Garotinho (PR)

  Garotinho criticou a condução do projeto das UPPs, que, em sua visão, deveriam se transformar em "batalhões de defesa social". A proposta do candidato é promover uma integração entre UPPs e serviços de assistência social. O representante do PR também defende que a prioridade das polícias seja a investigação: "É preciso investigar, prender e depois ocupar". Foto: Júlio César Guimarães/UOL