O prefeito eleito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), disse na noite deste domingo (28), encerrada a apuração que deu a ele a vitória no pleito, que inicia já nesta segunda-feira (29) os trabalhos de transição com o atual prefeito, Luciano Ducci (PSB). Segundo Fruet, ele nomeou chefe da equipe de transição o professor de economia da UFPR (Universidade Federal do Paraná) Fábio Scatolin. Fruet venceu o deputado federal Ratinho Júnior (PSC) por 60,65% contra 39,36% dos votos. 

De acordo com o prefeito eleito, Ducci --derrotado diretamente pelo pedetista, no primeiro turno da campanha, por uma diferença de pouco mais de 4.000 votos --telefonou a ele cumprimentando-o pelo resultado e indicará os nomes, por parte da administração, a comporem o governo de transição.

“A partir de agora, analisaremos alguns processos para que não sofram continuidade, bem como os que dependem de continuidade ainda nesta gestão”, afirmou.

Indagado sobre outros nomes da equipe de transição, e mesmo do futuro secretariado, esquivou-se. “Não vou alimentar especulações; a rigor, tenho até janeiro para essas definições”, desconversou.

Fruet disse ainda ter sido cumprimentado hoje pela presidente Dilma Rousseff, a qual, segundo ele, foi “cordial e conhecedora de alguns detalhes do processo eleitoral curitibano”. O pedetista disse que deverá se reunir com a presidente, em uma audiência em Brasília, ainda este ano.

Relação com PSDB, Richa e Gleisi

Desafeto do governador Beto Richa (PSDB) --que sofreu derrota de aliados tanto em Curitiba quanto em Londrina, com Marcelo Belinati (PP) --, Fruet disse que falará com o tucano quando ele retornar de uma viagem oficial à China. Richa viaja hoje à noite e volta no próximo dia 9.

“Depois que ele retornar, falaremos. Nossa geração tem que ter a responsabilidade de saber que uma eleição é dura, às vezes chega até o limite da desqualificação, mas, após o resultado dela, precisamos pensar no futuro”, declarou.

Por outro lado, o prefeito eleito sinalizou: será um dos grandes apoiadores da ministra petista Gleisi Hoffmann (Casa Civil) na disputa para a sucessão de Richa em 2014. “A Gleisi demonstra uma enorme liderança e passa a ser um dos polos da política no Paraná”, elogiou, para ressalvar: “Agora começa uma nova relação entre o governo e a administração municipal, mas é sempre um erro, acredito, projetar a próxima eleição –quem diria há dois anos, por exemplo, que o PSDB não elegeria o prefeito em Curitiba?”