"O que está em jogo não é a avaliação da minha gestão", diz Kassab

Débora Melo

Do UOL, em São Paulo

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), votou na manhã deste domingo (28) no colégio Santa Cruz, no Alto de Pinheiros, zona oeste da capital paulista, mesmo local onde vota o candidato do PSDB, José Serra.

"O que está em jogo não é a avaliação da minha gestão, são os candidatos e seus compromissos com o futuro", disse Kassab, que apoia Serra na corrida pela prefeitura.

Sobre os rumores de que pode vir a assumir um ministério no governo Dilma Rousseff, Kassab disse que seu partido é independente e que decisões serão tomadas apenas em 2013..

"Enquanto o PSD não tiver uma posição muito clara em relação a 2014, vai continuar independente. Não podemos ter uma definição em relação à participação no governo se não estivermos convencidos da participação do partido nos projetos políticos e eleitorais. Decisões serão tomadas a partir de janeiro de 2013."

Transição

Kassab informou que o secretário de Governo, Nelson Hervey, será o coordenador do grupo de transição por parte da atual gestão. Ele afirmou que a prefeitura vai entregar todas as informações à equipe do prefeito eleito e que ele próprio estará à disposição de seu sucessor, de quem, afirmou, pretende "estar muito próximo".

Ele aproveitou para fazer uma defesa de sua gestão, principalmente nas áreas da saúde, educação, habitação, ambiente e da Lei Cidade Limpa, e disse esperar que seu sucessor dê continuidade aos programas da atual gestão nessas áreas.

Cenário igual ao de 2010

Os eleitores paulistanos vão eleger seu novo prefeito neste domingo (28) sob um cenário semelhante ao das eleições presidenciais de 2010, que não reproduz apenas a polarização entre PT e PSDB.

O líder nas pesquisas de intenções de voto, Fernando Haddad, candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, assim como a presidente Dilma Rousseff, foi escolhido pelo ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Em comum, além de Lula, o adversário de ambos: José Serra (PSDB). Também foram repetidas: marketing, alianças controversas, terceira via que ameaçou a polarização e, por fim, uma discussão que envolveu aspectos morais e religiosos.

(Com Folha.com)

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