Nelson Bornier (PMDB) derrota candidata apoiada por Lula e retorna à Prefeitura de Nova Iguaçu (RJ)
Do UOL, no Rio
-
Roberto Moreyra/Extra/Agência O Globo
Candidato do PMDB à Prefeitura de Nova Iguaçu, Nelson Bornier votou sem um dos dentes da frente
- Candidato do PMDB à Prefeitura de Nova Iguaçu vota sem um dos dentes da frente
- Candidatos em Nova Iguaçu (RJ) votam em meio a debate sobre municipalização de hospital
Nelson Bornier (PMDB) foi eleito no segundo turno das eleições municipais em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense (RJ). O deputado federal venceu a disputa com a concorrente do PDT, Sheila Gama, que tentava a reeleição e tinha apoio da presidente da República, Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Bornier retorna ao cargo que ocupou entre 1997 e 2000 com a promessa de que o cumprirá até o fim --em 2002, após ser reeleito no pleito do ano anterior, o peemedebista renunciou à prefeitura para se lançar candidato a deputado federal.
Apesar de contar com uma base eleitoral sólida no município, Bornier --que já exerceu sete mandatos como deputado federal-- teve que suar a camisa durante a campanha para vencer a prefeita em fim de mandato.
Além do apoio de Dilma, Gama contava com ajuda do senador Lindbergh Farias (PT), que também já foi o chefe do Executivo de Nova Iguaçu.
Com dez candidatos concorrendo no primeiro turno, Nova Iguaçu foi o município com maior número de candidatos a prefeito no Estado do Rio de Janeiro, com dez no total.
Perfil do eleito
Nome: Nelson Bornier
Partido: PMDB
Nascimento: 14/02/1950
Município de nascimento: Rio de Janeiro (RJ)
Ocupação: Advogado
Vice: Nicolasina Acarisi (PR)
Coligação: Uma nova Iguaçu para todos (PP / PMDB / PSL / PTN / PSC / PR / PRP / PSD)
Atentado
Durante a campanha, o peemedebista registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil do Rio informando ter sido vítima de uma suposta tentativa de homicídio, que teria ocorrido no distrito de Austin.
Em depoimento, o político afirmou que seu veículo foi abordado por um carro preto, do qual teriam saído quatro homens armados.
Na versão de Bornier, o veículo no qual ele estava era blindado, o que permitiu ao seu motorista particular empurrar o carro onde estariam os criminosos, e assim escapar do atentado. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso.
Disputa pelo PR
Outra polêmica envolvendo a candidatura de Bornier se deu em função da disputa pelo apoio do Partido Republicano (PR). PMDB e DEM, este último representado pelo candidato Rogério Lisboa, registraram no TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral) suas chapas com vices pertencentes à mesma legenda, o PR.
Em função do impasse, o diretório municipal do Partido Republicano, que apoiava Bornier, foi dissolvido, e a sigla, por decisão das executivas estadual e nacional, passou a apoiar Lisboa, cujo nome não aparecia na urna eletrônica.