Ministros petistas querem manter aliança com PDT de Fruet para sucessão estadual em 2014 no Paraná

Rafael Moro Martins

Do UOL, em Curitiba

Avalistas do apoio do PT ao prefeito eleito de Curitiba, o ex-tucano Gustavo Fruet (PDT), o casal de ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Paulo Bernardo (Comunicações) revelou que o partido irá trabalhar para manter a aliança para a sucessão estadual, em 2014.

“Temos uma aliança com o PDT que vem de 2010 [quando o partido apoio Osmar Dias, derrotado por Beto Richa (PSDB) na disputa pelo Palácio Iguaçu. Estamos construindo uma história juntos”, disse Gleisi.

“A aliança deste ano pode ser reeditada [em 2014]. Devemos procurar o PMDB para conversar, também. Mas ainda não há nada garantido”, disse. O maior líder do PMDB local, o senador Roberto Requião, é inimigo declarado de Bernardo, por quem é processado por calúnia.

O ministro também avaliou a situação de Richa, que teve seus candidatos derrotados nas duas maiores cidades do Paraná – Curitiba e Londrina. “Ele teve derrotas importantes [em Curitiba e Londrina], mas será extremamente competitivo em 2014.”

Em seguida, “lançou” Gleisi como pré-candidata do PT à sucessão estadual. “Se dependesse só da minha vontade, ela deveria ser [candidata ao governo do estado em 2014]. Mas ela é ministra, tem de cumprir expediente em Brasília, onde tem muitas exigências. E estamos em 2012. Falar em campanha com tanta antecedência, só jornalista e político”, ironizou.

Gleisi, porém, negou desejar concorrer com Richa daqui a dois anos. “Tenho o desejo de contribuir com a presidenta Dilma.”

Bernardo vê “lavada” de Fruet em Curitiba

“Passamos muito aperto, apanhamos muito no primeiro turno, [tanto que] foi difícil passar para o segundo, mas tivemos a recompensa agora. Foi uma lavada. Foram mais de 200 mil votos de diferença”, comemorou Bernardo.

Ele lembrou que o partido começou a costurar o apoio a Fruet em abril de 2012 – quando o prefeito eleito ainda era filiado ao PSDB, mas já dava mostras de que deixaria o partido, em que não encontrava espaço para disputar a Prefeitura.

Líder tucano no Paraná, Richa já deixava claro que preferia apoiar o prefeito Luciano Ducci (PSB), que fora seu vice, e acabou de fora do segundo turno por uma diferença de apenas 4.402 votos para Fruet (ou 0,45% do total).

“Acreditávamos que Fruet poderia ser competitivo se tivesse uma aliança que desse conta de sustentar sua candidatura”, disse Bernardo. “A cidade externava um desejo de mudança, apostou em Fruet, entendeu nossa aliança, e isso nos dá responsabilidade de, junto com ele, governar a cidade”, afirmou Gleisi.

Com Fruet, elegeu-se a vice-prefeita Mirian Gonçalves, do PT. É a primeira vez que o partido chega à Prefeitura de Curitiba.

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