Eduardo Leite (PSDB) vence eleição em Pelotas (RS) e mantém coligação no poder

Do UOL, em São Paulo

  • Nauro Júnior/Agência RBS/Estadão Conteúdo

    Eduardo Leite (PSDB) vence eleição em Pelotas, única cidade do Rio Grande do Sul a ter segundo turno

    Eduardo Leite (PSDB) vence eleição em Pelotas, única cidade do Rio Grande do Sul a ter segundo turno

Eduardo Leite (PSDB) é o novo prefeito da cidade de Pelotas (RS). O tucano superou o ex-prefeito Fernando Marroni (PT), que comandou a cidade entre 2001 e 2004. Localizado a 240 km de Porto Alegre, o município foi o único do Rio Grande do Sul que teve segundo turno nestas eleições municipais. 

O resultado deste domingo confirma o da primeira etapa das eleições. No primeiro turno, Leite terminou em primeiro lugar com 77.026 votos (39,89% do total). O deputado federal Marroni, ficou atrás com 55.111 (28,54%) dos votos válidos.

O tucano teve ao seu lado a maior coligação da campanha, com oito partidos aliados (PPS, PP, PSD, PTB, PR, PSC, PDT e PRB). O PP é a sigla da qual faz parte o atual prefeito, Fetter Junior. Antes dele, era o PPS o partido que comandava a cidade.

Eduardo Leite tem 27 anos e é bacharel em Direito pela Universidade Federal de Pelotas. Começou a vida política aos 19 anos, em 2004, quando disputou a primeira eleição para vereador,  terminando como primeiro suplente.

Assumiu a chefia de gabinete do prefeito Fetter Júnior em 2008, saindo meses depois, quando foi convocado pela Câmara de Vereadores e reeleito para mais quatro anos de mandato no mesmo ano. Foi secretário municipal de Cidadania e presidiu o Legislativo.

Perfil do eleito

Nome: Eduardo Leite
Partido: PSDB
Nascimento: 10/03/1985
Município de nascimento: Pelotas (RS)
Ocupação: Vereador
Vice: Paula Mascarenhas (PPS)
Coligação: Pelotas de Cara Nova (PSDB / PPS / PSD / PRB / PP / PDT / PTB / PSC / PR)

Sua vice-prefeita é Paula Mascarenhas (PPS), que já foi chefe de gabinete do ex-prefeito Bernardo de Souza (PPS), morto em 2010. Devido a problemas de saúde, o então mandatário deixou o cargo para Fetter Junior em 2006.

No segundo turno, o tucano usou o discurso da renovação para vencer a disputa com o petista Fernando Marroni. Apesar de reivindicarem a ideia de mudança para Pelotas, os dois adversários estavam atrelados a governos anteriores da cidade. O prefeito eleito representa a coligação que comanda o município desde 2005. O petista já foi prefeito entre 2001 e 2004 e concorreu ao cargo em todas as eleições desde 1996.

Nacionalização da campanha

Pela importância estratégica de Pelotas e pela disputa de poder entre os dois partidos, a corrida pela prefeitura ganhou ares nacionais, com a presença de nomes de peso da política brasileira. No lado tucano, os senadores Aécio Neves e Álvaro Dias foram à cidade. O candidato do PSDB em São Paulo, José Serra, também gravou depoimento para o programa de Eduardo Leite.

No campo petista, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravaram inserções nos programas de rádio e televisão de Fernando Marroni. E os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, também reforçam o palanque do partido na cidade.

O novo prefeito de Pelotas vai governar uma cidade com aproximadamente 340 mil habitantes, a terceira mais populosa do Rio Grande do Sul.

Na enquete "Avalie sua cidade", do UOL Eleições, mais de 37% dos internautas de Pelotas apontaram a corrupção como o maior problema da cidade. Eduardo Leite diz que vai ampliar os mecanismos de participação popular, por meio de audiências públicas do prefeito, e reduzir os gastos com o custeio da máquina pública, além de ampliar e melhorar os serviços prestados à população.

O tucano disse durante a campanha que a saúde será a prioridade de seu governo. Também prometeu chegar a 100% de tratamentos de resíduos sólidos e líquidos e ampliar as vagas de educação infantil, desenvolvendo programas de apoio a famílias com ação integrada de educação, saúde e assistência social.

Para aprovar seus projetos, Leite não deve encontrar obstáculos no Legislativo. A coligação que o levou ao poder conquistou a maioria das 21 cadeiras de vereadores em disputa nesta eleição.

 

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