Haddad diz não admitir discussão por cargo, mas que escolha de secretariado será criteriosa

Julianna Granjeia

Do UOL, em São Paulo

O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou na tarde desta quinta-feira (25) que não está discutindo secretariado para uma eventual administração petista. No entanto, ele disse que, caso eleito, a seleção será “criteriosa”.

A três dia do segundo turno, o PT tenta conter o clima de “já ganhou” entre a militância. O vereador Antonio Donato, um dos coordenadores da campanha, divulgou nota hoje em que afirma que "não procedem as notícias que estão circulando nos últimos dias dando conta da movimentação nos partidos sobre a montagem da futura equipe de governo e, até mesmo, da existência de disputa por cargos na próxima administração municipal".

Na nota, Donato diz que "esse tipo de notícia é mera especulação e serve apenas para dar munição aos adversários".

Em evento organizado pelo candidato derrotado do PMDB, Gabriel Chalita, na Academia Paulista de Letras (região central de São Paulo), o candidato afirmou que ninguém falou sobre o assunto diretamente com ele. "Acho que sabem como eu sou", disse.

"Nós estamos em campanha, tem de ter os pés no chão. Domingo é que o povo decide quem será o prefeito de São Paulo", disse Haddad. O petista, porém, afirmou que, se eleito, seguirá o modelo de coalizão da presidente Dilma Rousseff, “como venho anunciando há muito tempo”, disse.

Após o evento, o candidato também atacou a proposta de "última hora" do adversário José Serra (PSDB), de ampliar o tempo de utilização do bilhete único de três para seis horas.

“É uma cópia malfeita. Um remendo da minha proposta, que é muito mais generosa. É aquela mudança de última hora ao sabor de pesquisas eleitorais. É próprio de quem não fez o planejamento devido”, afirmou.

Para Haddad, Serra repete estratégia da eleição presidencial de 2010, quando também lançou novas propostas faltando poucos dias para a decisão das urnas.

De jogador de futebol a imortais

Na Academia Paulista de Letras, Haddad se reuniu com a escritora Lygia Fagundes Telles, o bispo de Santo Amaro, dom Fernando Antonio Figueiredo, o cartunista Maurício de Sousa, o maestro Júlio Medaglia, entre outros.

Mais cedo, o petista esteve com o jogador de futebol do Palmeiras, Marcos Assunção, que declarou apoio ao candidato e ironizou o tucano.

"A vida do político é como a de jogador de futebol. Tem uma hora que tem de parar e dar o lugar para o mais jovem. E está aqui o mais jovem [apontando para Fernando Haddad]. Ele tem pensamento novo e novas ideias, e espero que ele possa fazer de São Paulo uma cidade justa, onde as pessoas se orgulhem de morar", disse o palmeirense,

À noite, Haddad se reúne com artistas, intelectuais e educadores, em um evento no centro da cidade.

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