Em debate, Hermano Morais sobe o tom contra Carlos Eduardo em Natal
Elendrea Cavalcante
Do UOL, em Natal
O candidato à Prefeitura de Natal pelo PMDB, Hermano Morais, imprimiu tom mais agressivo e usou o debate da TV Ponta Negra (afiliada do SBT) para apontar problemas da administração do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), a quem chamou de “o candidato das obras inacabadas”. Adversário de Morais neste segundo turno, Carlos Eduardo governou a capital potiguar de 2002 a 2006.
Apesar de a TV Ponta Negra ser de propriedade da família da atual prefeita de Natal, Micarla de Souza (PV), os candidatos não deixaram de fazer referências à prefeitura e ao passado de Natal, colocando as propostas de governo em segundo plano.
Hermano Morais cercou Carlos Eduardo do início ao fim do debate, ressaltando que seu adversário mostrou quando era prefeito ser centralizador e não ter capacidade de diálogo com a população.
O peemedebista também citou o escândalo do desperdício de medicamentos na gestão de Carlos Eduardo. “Quando ele governava Natal, foram descobertos medicamentos armazenados em uma temperatura de 52°C. Estes remédios estavam para vencer e tiveram que ser jogados fora, totalizando prejuízo de cerca de R$ 10 milhões”, disse Morais.
O ex-prefeito justificou o escândalo dos remédios como uma montagem da atual prefeita, com quem já havia rompido politicamente. “É como a campanha de meu adversário, que só tem calúnia e difamação porque não tem o que mostrar”, frisou Carlos Eduardo.
O candidato do PDT ressaltou que Hermano não tem motivos para questionar agora sobre o que foi feito ou deixou de ser feito em Natal porque apoiou todas as gestões que passaram tanto pela Prefeitura quanto pelo governo do Estado nos últimos anos. “Você ajudou a afundar a cidade”, disse Carlos Eduardo para Hermano.
Ibope
O candidato Hermano Morais aparece atrás na última pesquisa deste segundo turno, divulgada na última quinta-feira (18). Segundo o Ibope, Morais tem 35% das intenções de voto, enquanto seu adversário, Carlos Eduardo, apresenta 49%. Informaram que votarão em nulo ou branco 10% dos eleitores. Indecisos somam 6%.
