Datafolha e Ibope mostram vantagem de Haddad em São Paulo

Do UOL, em São Paulo

Pesquisas Datafolha e Ibope divulgadas nesta quarta-feira (24) mostram vantagem de Fernando Haddad (PT) na disputa do segundo turno com José Serra (PSDB) pela Prefeitura de São Paulo.

O Datafolha mostra Haddad com 49% das intenções de voto, e Serra com 34%. Já o Ibope aponta o petista com 49%, contra 36% do tucano.

Os institutos mediram também o desempenho dos candidatos entre os votos válidos – que é a forma como a Justiça Eleitoral divulga o resultado – e no caso da pesquisa exclui votos brancos, nulos e eleitores indecisos.

Nesta simulação, Haddad aparece com 60%, e Serra, com 40% no Datafolha. No Ibope, o petista tem 57%, e o tucano 43%, dos votos válidos.

A margem de erro do Datafolha é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Para o levantamento do Ibope, a margem é de três pontos.

A pesquisa Datafolha também mostra que Serra ainda é o mais rejeitado na disputa, com 42% da menções. Haddad aparece com 25%.

O Datafolha entrevistou 2.100 eleitores em São Paulo, entre a última terça-feira (23) e esta quarta-feira (24). A pesquisa foi registrada no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) com o número SP-01910/2012.

O Ibope ouviu 1.204 eleitores entre a segunda-feira (22) e esta quarta-feira (24). A pesquisa recebeu o número SP-01912/2012 no registro do TRE-SP.

Candidatos falaram sobre resultado após o debate SBT/UOL

Os candidatos e suas campanhas comentaram o resultado das pesquisas Datafolha e Ibope ainda durante o debate SBT/UOL, realizado na noite desta quarta-feira (24).

Ao final do encontro, José Serra enfatizou a importância de buscar o eleitor que ainda não decidiu seu voto. "São importantes os indecisos, são cidadãos. Não tem diferença, não tem cidadão de primeira e segunda classe. Eu trabalho para todos".

Já Haddad, que lidera as intenções de votos mas não registrou crescimento nos levantamentos desta quarta (24), evitou o clima de "já-ganhou".

"São oscilações dentro da margem de erro. Estamos numa situação, não vou dizer, nada é confortável em eleição", afirmou o candidato petista. "Respeito todos os institutos, temos uma pesquisa interna também e penso que fizemos um bom trabalho até aqui. Vamos trabalhar até domingo".

Edson Aparecido, coordenador da campanha do tucano, comemorou a oscilação positiva de Serra no Ibope.

"Estamos conseguindo trazer os indecisos. O indeciso começa a ver que o Serra tem propostas mais realizáveis", disse Aparecido."Nas nossas pesquisas, não há essa distância. Pelo contrário, é uma diferença apertada".

Temas escolhidos por internautas dominam debate

Os dois candidatos à prefeitura de São Paulo participaram do debate SBT/UOL no início da noite desta quarta-feira (24). Dois temas escolhidos por internautas --corrupção e filas na saúde-- foram os que geraram os maiores embates entre Haddad e Serra.

O debate também foi marcado por uma nova promessa de Serra --de um Bilhete Único de 6 horas-- e por críticas ao prefeito Gilberto Kassab que, para Serra, virou "o capeta, para o PT".

Serra aproveitou uma pergunta de Haddad sobre o tema para citar o o julgamento do mensalão pelo STF (Supremo Tribunal Federal), no qual lideranças do PT, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-presidente do partido José Genoino, foram condenados por formação de quadrilha e corrupção ativa, em um esquema para a compra de apoio parlamentar no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Falando em corrupção, no Brasil não podemos deixar de mencionar a questão do mensalão. Isso não é suspeita, é condenação. A cúpula do PT foi condenada por formação de quadrilha”, afirmou Serra.

 Haddad rebateu o ataque ao citar o caso de suspeita de corrupção na aprovação de empreendimentos na secretaria municipal de Habitação da gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD), que envolveu o dirigente do setor de aprovação de plantas da Prefeitura de São Paulo, Hussain Aref Saab.

“Serra, teu desrespeito chega às raias da insanidade. Trazer o mensalão para cá? Você me conhece. Sabe que tenho 12 anos de vida pública, 30 de vida acadêmica, reputação ilibada, e que não há sequer insinuação contra minha conduta no Ministério da Educação, onde administrei um orçamento o dobro do da cidade de São Paulo. Alto lá!”, afirmou Haddad.

 A terceirização da administração de hospitais em São Paulo foi alvo de troca de ataques. Serra afirmou que "está no programa de governo de Haddad" o fim da parceria da prefeitura com as chamadas OSs (Organização Social da Saúde).

"Isso [que vamos terminar com as parcerias] é algo que tem se espalhado pela cidade e é uma mentira", afirmou.

De acordo com Haddad, o que mudará é a forma de fiscalização das parcerias, o que na opinião do petista, é ineficaz.

Levantamentos anteriores

Esta foi a terceira rodada de pesquisas divulgadas pelos institutos no segundo turno. A pesquisa Datafolha de 10 de outubro mostrou Haddad com 47% e Serra com 37%.

O segundo  levantamento do instituto, divulgado na última sexta-feira (19) apontou o petista com 49%, e o tucano com 32%.

A primeira pesquisa Ibope, de 11 de outubro, apontou Haddad com 48%, contra 37% de Serra.

No segundo levantamento do instituto, divulgado na última quarta-feira (17), o petista oscilou um ponto para cima, dentro da margem de erro, e foi a 49%, enquanto o tucano caiu quatro pontos percentuais e foi a 33%.

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