Em evento de ONG, Haddad defende mais ação da prefeitura na segurança, e Serra foca saúde

Do UOL, em São Paulo

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) participaram nesta segunda-feira (22) de evento promovido pela ONG Rede Nossa São Paulo no qual puderam expor pontos de seus programas de governo.

O primeiro entrevistado foi Haddad, seguido de Serra. Os candidatos tiveram que responder às mesmas perguntas, que foram divididas em seis blocos temáticos: educação e cultura; saúde e esporte; habitação, mobilidade e meio ambiente; assistência social e segurança; trabalho e renda e desigualdade social; e governança (transparência, participação e controle social), papel das subprefeituras e divisão político-administrativa da cidade.

Ao responder questões sobre segurança pública, Haddad defendeu uma maior participação da Prefeitura de São Paulo, que atuaria em parceria com o governo do Estado. Segundo ele, o fato de o governo do Estado ser o responsável pelas polícias Civil e Militar causa impressão de o prefeito pouco pode fazer.

“Não é o que eu penso. A questão da segurança se transforma em uma questão territorial, de ocupação de território. A ideia básica é a ocupação do território de várias maneiras, não apenas repressiva. Primeiro com a ideia de polícia comunitária. Segundo com a questão da estruturação do monitoramento em vídeo por meio de vários órgãos da cidade, onde todos conversem entre si, sem a segmentação do monitoramento. E a terceira coisa é a presença de programas sociais, especialmente os voltados para a juventude”, disse.

Já o candidato José Serra destacou suas propostas para a área da saúde. Ele citou o “Mãe Paulistana” e disse que quer ampliar o programa que oferece às gestantes acompanhamento pré-natal.

“Com relação especificamente a esse programa [Mãe Paulistana], nós queremos estender o acompanhamento telefônico, que hoje exista para as mães que têm gravidez de risco –talvez uns 10%-- para a totalidade delas. E segundo ampliar o acompanhamento da saúde da criança de um para três anos. Isso, ao contrário do que os adversários disseram, não é feito em uma creche. A creche acompanha, mas não é uma instituição de saúde.”

Debate raso

O debate mais aprofundado das propostas foi prejudicado pelo formato escolhido para o encontro.

As perguntas de cada bloco temático eram lidas todas de uma só vez --chegando, às vezes, a uma sequência de seis perguntas. O candidato tinha apenas oito minutos para responder a todas as perguntas do bloco, o que fez com que muitas perguntas ficassem sem resposta, já que o entrevistado tinha autonomia para decidir o que responder primeiro e quanto tempo dedicaria a cada questão.

De acordo com a Rede Nossa São Paulo, as campanhas não interferiram no formato do debate. Ainda segundo a ONG, as perguntas foram formuladas por organizações da sociedade civil e cidadãos que fazem parte dos grupos de trabalho da Rede Nossa São Paulo e foram baseadas em dados e indicadores da cidade.

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