Serra se recusa a responder pergunta sobre propostas de combate à homofobia

Débora Melo

Do UOL, em São Paulo

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, se recusou a responder a pergunta de um jornalista sobre suas propostas de combate à homofobia na cidade.

O repórter lembrou casos de agressão a homossexuais na região da avenida Paulista e tentou perguntar se havia alguma política para o tema no programa de governo do tucano --Serra, no entanto, interrompeu o jornalista antes que ele concluísse a pergunta.

“Eu não vou entrar nesse tema agora, senão vira pauta permanente, imposta pela imprensa. E depois os adversários dizem que fui eu que botei na pauta”, disse Serra após visita a conjunto habitacional em Heliópolis, na zona sul da capital.

 

A irritação de Serra ocorre por conta da discussão em torno do “kit-gay”. O tucano, que já criticou o material de combate à homofobia produzido pelo MEC (Ministério da Educação) na época em que Fernando Haddad (PT) --seu adversário no segundo turno-- estava à frente da pasta, distribuiu material semelhante aos professores da rede estadual de São Paulo em 2009, quando era governador.

Serra argumenta que o conteúdo dos materiais é diferente e que aquele produzido em sua gestão era voltado apenas aos professores, “e não aos alunos acima de 11 anos”.

Além disso, depois que o material tucano foi revelado pela imprensa, na última segunda-feira, Serra passou a adotar um discurso em que o foco das críticas são os “R$ 800 mil pagos [pelo material do MEC] sem nenhum retorno”--o material do MEC não chegou a ser distribuído porque, após pressão da bancada evangélica do Congresso, a presidente Dilma Rousseff suspendeu o projeto.

O tucano também se calou quando foi questionado se seu programa de governo previa continuidade da gestão do atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD).

Promessa

Serra prometeu que, se for eleito, vai construir 4.000 apartamentos na região de Heliópolis.

"O essencial do nosso programa de moradia é transformar favelas em bairros. Só nesse conjunto [Residencial Heliópolis] foram feitos 390 apartamentos. E em Heliópolis, que era a maior favela de São Paulo, já foram feitos 1.700 apartamentos. No ano que vem dá para fazer mais 500. Até o final da gestão, mais 1.700. No total, chegaremos a 4.000 apartamentos."

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