Os candidatos Kennedy Nunes (PSD) e Udo Dohler (PMDB) irão disputar o segundo turno na cidade de Joinville (180 km de Florianópolis), o maior colégio eleitoral de Santa Catarina. A eleição na cidade foi uma das mais disputadas do país, com três candidatos disputando voto a voto as duas vagas para o segundo turno. Dohler e Kennedy irão buscar, a partir de agora, o apoio dos terceiro e quarto colocados na eleição, Marco Tebaldi (PSDB) e o atual prefeito, Carlito Merss (PT), respectivamente. 

A campanha de segundo turno servirá para que os candidatos aprofundem as explicações sobre como pretendem colocar em prática suas propostas e promessas, que foram muitas durante o primeiro turno.

Dohler, por exemplo, promete fornecer um tablet por aluno, um notebook por professor e uma lousa digital por escola em toda a rede municipal de ensino de Joinville em um prazo de seis meses.

O candidato promete instalar os equipamentos aos poucos, começando a criação de escolas-pilotos digitais. O peemedebista acredita que será possível colocar em prática seu projeto, beneficiando as quase 50 mil crianças que estudam nas escolas municipais da cidade, gastando R$ 27,9 milhões.

Já Kennedy propõe uma série de intervenções viárias na cidade, já que o crescente problema de tráfego aparece como um dos que mais incomodam a população. O candidato promete construir túnel, viadutos e elevados. O plano de governo apresentado por ele estima que as obras custariam R$ 55,5 milhões, sem contar o dinheiro necessário para desapropriações. Os recursos viriam de município, Estado e governo federal

A intervenção mais custosa seria a construção de um túnel de 1,6 km. O valor previsto é R$ 13,9 milhões. 

A candidatura de Carlito Merss, atual prefeito de Joinville que tenta reeleição, foi questionada judicialmente. Em primeira instância, o petista e seu vice de chapa Eni Voltolini (PP) tiveram a inscrição na eleição cassada, acusados de extrapolar o valor gasto com publicidade institucional no primeiro semestre de 2012. Não houve tempo para ser proferida uma decisão definitiva pela Justiça.

Outro episódio chamou a atenção durante a campanha de Joinville. O candidato do PSOL, Leonel Camasão, exibiu na propaganda eleitoral gratuita um clipe em que dois homens aparecem se beijando na boca.

Sua candidatura e seu programa de TV tornarem-se nacionalmente conhecidos depois que o ?Jornal da Cidade?, periódico semanal local, publicou críticas veementes contra a cena, definida como "asquerosa" por um de seus colunistas.

As críticas foram consideradas homofóbicas pelo Ministério Público de Santa Catarina, e renderam uma ação na Justiça contra o autor e contra o jornal. A polêmica virou notícia em canais de TV, jornais e sites de notícias em todo o país.