O candidato Carlos Grana (PT) e o prefeito de Santo André (Grande São Paulo), Aidan Ravin (PTB), candidato à reeleição, vão disputar o segundo turno.

Aidan sempre esteve à frente nas pesquisas de intenções de voto, embora tenha amargado falta de apoio de seu partido nesta eleição. O prefeito ficou isolado e não teve sequer o apoio do deputado estadual Campos Machado, presidente do PTB em São Paulo.

Machado, porém, tem papel fundamental na campanha de Celso Russomanno, candidato do PRB em São Paulo: é um dos coordenadores.

A campanha do deputado estadual Carlos Grana, por sua vez, contou com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ao menos três ministros do governo da presidente Dilma Rousseff: Alexandre Padilha (Saúde), Miriam Belchior (Planejamento) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência).

Pesquisa Ibope divulgada em setembro mostra que a administração de Aidan é considerada positiva (ótima ou boa) por 34% do eleitorado --outros 39% a avaliam como regular e 25% a consideram ruim ou péssima.

A coligação de Aidan Ravin, “Santo André Mais Forte – No Rumo Certo”, é formada por cinco partidos (PTB, PPS, DEM, PSB, PT do B). Já a coligação “O Melhor para Santo André”, do candidato Grana, recebe o apoio de sete siglas (PT, PR, PHS, PRP, PPL, PSD e PC do B).

A disputa em Santo André também foi marcada pela ausência de Aidan a debates entre os candidatos. O prefeito não foi ao evento organizado pela UFABC (Universidade Federal do ABC) no dia 26 de setembro, nem ao encontro promovido pelo jornal Diário do Grande ABC no último dia 17.

Também concorreram à Prefeitura de Santo André os candidatos Raimundo Salles (PDT), Alexandre Flaquer (PRTB), Marcelo Reina (PSOL) e Nilson Bonome (PMDB).

Polarização

Ter um prefeito do PT ou do PTB não é novidade para os cidadãos de Santo André. Os dois partidos se revezam no comando do município desde 1983.

Durantes esse período, o PTB governou a cidade durante 13 anos e, o PT, nos 16 anos seguintes.