Queda de Russomano significa insegurança do eleitor paulistano, avalia cientista político

Luciene Cruz

Da Agência Brasil, em Brasília

O especialista em comportamento eleitoral e cientista político da UnB (Universidade de Brasília), Leonardo Barreto, explica a queda nas pesquisas do candidato à prefeitura de São Paulo Celso Russomano (PRB) como “insegurança” do eleitor em aceitar o novo.

“Não era candidatura enraizada. Tanto que houve queda vertiginosa em menos de dez dias, sem ocorrer fato relevante, como escândalo pessoal, por exemplo”, comentou o cientista político, que acompanha a apuração dos votos ao vivo no estúdio da TV Brasil.

Russomano liderou as pesquisas durante vários dias. No entanto, apresentou quedas significativas nos últimos dias. Pesquisa de boca de urna do Ibope divulgada por volta das 17h deste domingo (7) mostra uma reviravolta na eleição em São Paulo. Segundo o instituto, passam para o segundo turno os candidatos José Serra (PSDB), com 30% dos votos válidos, e Fernando Haddad (PT), com 29% dos votos.

“Os eleitores demostraram algum cansaço dessa polarização, mas Russomano não foi visto nessa última hora como candidato de polarização e eleitores optaram por perfil de segurança, e preferiram opções tradicionais. Vamos esperar o término das apurações para ver ser confirmamos essa postura”, avaliou.

O especialista acredita em uma aliança de Russomano com o PT, em um possível segundo turno na capital paulista. “Hoje há maior chance dele [Russomano] fechar apoio com [Fernando] Haddad, por conta do partido [PRB] pertencer à base de apoio do governo”, analisou.

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