Paes diz que não desistirá de Prefeitura do Rio para concorrer como governador em 2014

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

  • Júlio Guimarães/UOL

    O prefeito reeleito Eduardo Paes beija a esposa e abraça o filho na comemoração da vitória

    O prefeito reeleito Eduardo Paes beija a esposa e abraça o filho na comemoração da vitória

O prefeito reeleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), afirmou neste domingo (7), após a confirmação da vitória no primeiro turno, que não desistirá da gestão municipal para lançar candidatura ao governo do Estado em 2014.

"Pensem em um homem feliz, pensem em Eduardo Paes. Eu sempre digo que os governantes no resto do país têm inveja de mim, pois sou o prefeito da cidade mais maravilhosa. Uma das grandes alegrias que eu tive foi a de pegar aquela bandeira olímpica em Londres. E eu faço questão de passá-la para a próxima cidade em 2016, no Maracanã", afirmou Paes, em seu primeiro discurso oficial na condição de prefeito reeleito.

Com as polêmicas recentes envolvendo o atual governador, Sérgio Cabral, o candidato natural do partido ao governo do Estado, o atual vice-governador, Luiz Fernando Pezão, passou a ser questionado sobre seu futuro político. Além disso, o PT --hoje aliado ao PMDB no Rio--deve lançar a candidatura do senador Lindbergh Farias, que conta com o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"O PMDB já tem um candidato: Luiz Fernando Pezão. Certamente nós vamos eleger o sucessor do governador Sério Cabral. Vamos trabalhar para construir uma grande aliança com o Partido dos Trabalhadores", disse.

O prefeito reeleito do Rio confirmou ainda que, embora siga na noite deste domingo para o Parque Madureira, no subúrbio da capital fluminense, onde fará uma grande festa com os seus eleitores, o expediente amanhã começa às 7h.

"Não vou perder um dia sequer desses 4 anos e três meses como prefeito do Rio", afirmou.

Alianças políticas

Questionado sobre o possível fatiamento político em sua próxima gestão, Paes afirmou não acreditar na possibilidade de "se governar sem política", e classificou como "conversa mole", alfinetando o rival Marcelo Freixo (PSOL), a ideia de que a sua coligação --formada por 20 partidos-- vai prejudicar a gestão municipal.

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"Nos últimos quatro anos, eu governei com 17 partidos. E isso não impediu que nós governássemos sem escândalos ou denúncias. Vamos continuar governando com seriedade. Não existe essa conversa mole de que se governa sem política. Foi assim que eu ganhei em 2008", lembrando que, eleição passada, o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi fundamental para a sua vitória.

O prefeito lembrou novamente a questão da "parceria" (com os governos estadual e federal), um dos argumentos mais utilizados em sua propaganda eleitoral, agradeceu a presidente da República, Dilma Rousseff, e rasgou elogios ao governador do Estado, Sérgio Cabral.

"O Cabral devolveu a paz e a integração para a cidade. (...) Eu e Cabral representamos uma nova geração de políticos que olham pelo Rio, pelas pessoas que mais precisam. (...) O Rio não pode ser uma cidade partida. Pode ser uma cidade com diferenças, como qualquer outra no mundo, mas não pode ser partida", disse.

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