Os candidatos que tiveram os padrinhos políticos de maior peso vão disputar o segundo turno na cidade de Maringá (436 km de Curitiba). Na votação realizada neste domingo (7), Carlos Roberto Pupin (PP) e Enio Verri (PT) confirmaram as expectativas e vão definir quem será o novo prefeito da cidade no dia 28.

Oito candidatos disputaram o primeiro turno na terceira maior cidade do Paraná, atualmente comandada por Silvio Barros (PP).

O petista e o candidato do PP polarizaram a disputa desde o começo. Verri baseou sua campanha no fato de ter o apoio do governo federal, e contou com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no seu horário eleitoral na TV.

Já o candidato Pupin, atual vice-prefeito, utilizou como plataforma política a continuidade ao trabalho de Silvio Barros.

A briga entre PP e PT é antiga na cidade. A atual administração diz que recebeu a prefeitura falida no ano de 2005, quando encerrou o mandato de João Ivo Caleffi, então membro do PT.

Até poucos dias antes do pleito, o eleitor de Maringá não sabia se poderia ou não votar em Pupin.

É que o vice-prefeito chegou a ter a candidatura ameaçada depois de o TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral) indeferiu o registro da sua candidatura no dia 19 de agosto. O motivo é que o candidato substituiu o atual prefeito de Maringá em seu cargo em abril deste ano, quando Silvio Barros se afastou temporiamente, e em abril de 2008, em mandato anterior.

O TRE entendeu que tal fato tornaria Pupin inelegível, uma vez que teria ocupado o cargo de prefeito em dois mandatos consecutivos, justamente nos seis meses anteriores aos pleitos de 2008 e 2012, não podendo, assim, concorrer a um terceiro mandato. Assim, o pepista passou quase dois meses da campanha sem saber se poderia ou não concorrer.

Posteriormente, acatando recurso do PP, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) devolveu a candidatura de Pupin à legalidade, sob o argumento de que o "vice-prefeito não sucedeu propriamente o prefeito Silvio Barros, ocorrendo simples substituição", o que não tornaria o candidato inelegível. 

A decisão do tribunal superior, porém, foi proferida só no último dia 4, na semana da eleição. Antes que isso ocorresse, a campanha de Verri explorou o quanto foi possível a cassação da candidatura do pepista, o que ajudou a interromper a trajetória de alta nas pesquisas eleitorais por que vinha passando Pupin. 

Também concorreram à Prefeitura de Maringá os candidatos Alberto Abraão (PV), Débora Paiva (PSOL), Dr. Batista (PMN), Hércules Ananias (PSDC), Maria Iraclezia (DEM) e Wilson Quinteiro (PSB).