O segundo turno das eleições para prefeito de Sorocaba (100 km de SP) será disputado pelos candidatos Renato Fauvel Amary, do PMDB, e Antonio Carlos Pannunzio, do PSDB, no próximo dia 28.

Ambos já foram prefeitos da cidade: Amary foi eleito em 1996 e reeleito em 2000; Pannunzio foi prefeito de 1989 a 1992.

Durante a campanha, aliados dos dois lados pediram à Justiça a cassação da candidatura do adversário.

A candidatura de Amary chegou a ser barrada pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) com base na Lei da Ficha Limpa porque, quando era prefeito, Amary contratou, sem licitação, uma empresa para fazer a cobrança da dívida ativa do município.

O peemedebista recorreu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e obteve a liberação no dia 30 de setembro, a uma semana da eleição.

A Lei da Ficha Limpa foi muito usada pela campanha de Pannunzio, que, com a indefinição da Justiça, argumentava que não era possível saber se Amary era “ficha limpa” ou “ficha suja”.

Amary recebeu o apoio do vice-presidente, Michel Temer (PMDB). Sua coligação, “Sorocaba do Bem”, de Amary, tem 14 siglas (PMDB, PRB, PP, PDT, PTB, PTN, PPS, DEM, PSDC, PRTB, PHS, PTC, PV e PC do B).

Já Pannunzio teve em sua campanha o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o atual prefeito de Sorocaba e também tucano Vitor Lippi, que não pode mais se reeleger.

Pesquisa Ibope divulgada no dia 1º de outubro aponta que 69% dos eleitores da cidade considera positiva (ótima ou boa) a administração de Lippi --outros 22% a avaliam como regular e 7% a consideram ruim ou péssima.

A saúde é apontada pelos eleitores como o maior problema da cidade (79% do total de menções), seguida de educação (38%).

A coligação de Pannunzio, “Amor e Respeito por Sorocaba”, é formada por nove partidos (PSDB, PSC, PR, PMN, PSB, PRP, PPL, PSD e PT do B).

Também concorreram à Prefeitura de Sorocaba a candidata Iara Bernardi (PT) e o candidato Raul Marcelo (PSOL).