Em debate entre os candidatos de Cuiabá, Mauro Mendes e Lúdio Cabral deixam farpas para fim do encontro

Jorge Estevão

Do UOL, em Cuiabá

O debate de candidatos à Prefeitura de Cuiabá, realizado na noite desta segunda-feira (1º), na TV Record, foi marcado por seu final, com a troca de farpas entre Lúdio Cabral (PT), Mauro Mendes (PSB), líderes nas pesquisas de intenção de voto, e pelos ataques que o petista sofreu dos candidatos Carlos Brito (PSD), Procurador Mauro (PSOL) e Guilherme Maluf (PSDB).

A falta de pagamento nos repasses para a saúde em Cuiabá e escândalos de desvio de dinheiro público no governo do Estado dominaram os temas mais abordados no embate.

As perguntas e comentários sobre estes dois temas tinham endereço certo: Lúdio Cabral, que tem apoio do governador Silval Barbosa (PMDB). Maluf, por exemplo, perguntou a Brito sobre o déficit de R$ 1,3 bilhão nas contas públicas do Estado.

Antes, porém, Maluf acusou Mendes de ter sido privilegiado com isenção de impostos. No final do debate, o tucano mudou o tom e resolveu atacar Mendes. Citou o fato de o socialista ter acusado-o de tentar apoiar Cabral. Maluf quis desfazer a imagem de um possível apoio para o candidato do PSB.

Mas foi o candidato do PSD, Carlos Brito, quem centrou mais fogo em Lúdio Cabral. Em nenhum momento ele incomodou Mendes. Ao contrário, a troca de gentilezas foi visível.

Brito elencou apoio de pessoas “suspeitas” a candidaturas. Ele se referiu ao desafeto Eder Moraes – um dos coordenadores da campanha de Ludio -, com o qual dividiu o comando da extinta Agecopa. Moraes vem sendo citado como responsável por desvio de dinheiro na antiga autarquia. Consta contra ele ação movida pelo Ministério Público.

A troca de farpas entre Mendes e Lúdio, líderes nas pesquisas de opinião, ficou concentrada na fase final do debate. O petista acusou o socialista de patrocinar panfletos apócrifos em Cuiabá. Mendes rebateu afirmando que sempre assume o que faz.

Mendes atacou Lúdio citando uma nota publicada na revista "Veja" em que acusa o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), de utilizar um jato de uma empreiteira que tem contratos com o Dnit para vir a Cuiabá e dar apoio ao petista.

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