Russomanno lidera com 34%; Haddad tem 18% e Serra, 17%, aponta Ibope

Do UOL, em São Paulo

O candidato Celso Russomanno (PRB) segue na liderança da corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo, segundo pesquisa do Ibope publicada nesta terça-feira (25). Russomanno oscilou para 34%, ante os 35% de levantamento anterior, divulgado no dia 13 deste mês. Os candidatos José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) oscilaram na margem de erro e seguem tecnicamente empatados, com 17% e 18%, respectivamente. A novidade, porém, é que esta é a primeira vez nas pesquisas do Ibope em que o candidato petista aparece numericamente à frente do tucano. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Nas simulações de segundo turno, o candidato do PRB venceria tanto o tucano quanto o petista se a eleição fosse hoje – por 51% a 23% e 48% a 24%, respectivamente. Já em uma eventual disputa entre Serra e Haddad, o resultado, segundo a pesquisa, seria de 39% a 29% para o petista.

O candidato do PMDB, Gabriel Chalita, aparece em quarto lugar, com 7%. Na pesquisa anterior, ele tinha 6%. Já a candidata Soninha (PPS) manteve a mesma pontuação: 4%. Em seguida aparecem empatados Paulinho da Força (PDT) e Carlos Giannazi (PSOL), com 1%. Os demais candidatos não pontuaram. Brancos e nulos somaram 10%. Ainda disseram estar indecisos 8% dos entrevistados.

CANDIDATOS PARTEM AO ATAQUE

  • Leandro Moraes

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A pesquisa também aferiu o índice de rejeição dos candidatos. 40% dos pesquisados responderam que não votariam de jeito nenhum em José Serra. Na pesquisa anterior, este índice era de 38%. A candidata Soninha tem a segunda maior rejeição, de 17% (era 15% no levantamento de 13 de setembro). Já a rejeição a Fernando Haddad oscilou de 17% para 16%, enquanto a de Gabriel Chalita foi de 9% a 7%.

O Ibope ouviu 1.204 eleitores entre os dias 22 e 24 de setembro. A pesquisa está registrada no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) sob o número SP-01138/2012.


Candidatos mudam o tom da campanha

A duas semanas da eleição, Fernando Haddad partiu para o confronto com o líder na disputa, Celso Russomanno, que passou a revidar mais sistematicamente os ataques.

Até o debate desta segunda-feira (24), promovido pela TV Gazeta e pelo site Terra, os dois candidatos, de partidos aliados no plano federal, se poupavam de ataques. 

O confronto reflete a estratégia adotada pela campanha petista na reta final para tentar recuperar votos em redutos tradicionais do partido que, segundo as pesquisas, migraram para o ex-apresentador de televisão. Ele tenta mostrar o adversário como alguém despreparado e sem propostas para a cidade.

Do outro lado, a mudança de tom também faz parte do roteiro traçado por Russomanno. Sua campanha tenta tirar o petista do segundo turno e, assim, garantir o apoio da presidente Dilma Rousseff em um eventual confronto contra José Serra (PSDB).

No último debate, nas duas ocasiões em que teve oportunidade, Haddad direcionou suas perguntas ao candidato do PRB na tentativa de desconstruir suas propostas de tarifa de ônibus proporcional e para a Guarda Civil Metropolitana.

O petista questionou a proposta do rival de cobrar uma tarifa proporcional no transporte público. "Você está cobrando mais de quem mora longe. Você vai pegar dinheiro público pra subsidiar a tarifa de quem mora perto."

Em sua resposta, Russomanno afirmou que o petista estava "totalmente enganado" e criticou a proposta do rival para os transportes. "Você já falou que o Bilhete Único que defende vai aumentar o subsídio em R$ 450 milhões? Não sei de onde você vai tirar o dinheiro."


Datafolha

Em pesquisa publicada pelo Instituto Datafolha no último dia 20, Russomanno oscilou positivamente três pontos percentuais, mantendo a liderança na disputa, com 35% das intenções de voto.

Essa foi a segunda vez que o candidato atingiu esta pontuação nas pequisas Datafolha desde dezembro, quando iniciou a trajetória que o levou de 16% a 35% das intenções de voto.

O tucano José Serra ficou em segundo, com 21% (contra 20% da pesquisa anterior), e Fernando Haddad ficou com 16%, ante os 17% que somou no levantamento anterior, do dia 5 de setembro.

 

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