Marta chama Serra de 'rei do embromation'; Haddad diz que Russomanno é 'salto no escuro'

Vinicius Segalla

Do UOL, em São Paulo

Em passeata na manhã desta segunda-feira (10), entre as praças Ramos de Azevedo e da República, no centro de São Paulo, a senadora Marta Suplicy (PT) e o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, se dividiram nos ataques aos adversários. Marta --que participou pelo terceiro dia seguido da campanha de Haddad-- chamou o candidato do PSDB, José Serra, de "rei do embromation". Já Haddad disse que votar em Celso Russomanno (PRB) é um "salto no escuro".

Em um discurso de cerca de dez minutos ao fim da passeata, oito dos quais utilizados para atacar ou defender-se das investidas de Serra, Marta disse que o tucano, ao invés de construir nova proposta para o transporte "prefere confundir a população quanto à proposta do bilhete único mensal de Haddad". "Ele [Serra] é o rei do embromation", afirmou.

A senadora aproveitou também para defender-se das críticas do PSDB sobre como deixou o caixa da prefeitura ao fim de seu mandato (2001-2004) - -Serra tem repetido que encontrou as contas da prefeitura com apenas R$ 16 mil no começo de seu mandato, em 2005.

"A gente não deixa dinheiro em banco mesmo. Dinheiro em banco não faz bem para o povo. Dinheiro é para gastar", afirmou Marta.

Após a fala da ex-prefeita, Haddad encerrou o ato centrando seus ataques em Russomanno, líder nas pesquisas até o momento. Para o petista, o candidato só sabe "agradecer, agradecer, agradecer": "O senhor Celso Russomanno vai à TV, agradece todo mundo, não se sabe o porquê, e não apresenta proposta nenhuma. Ele deveria estudar a administração pública antes de se candidatar", disse Haddad, ao referir-se à propaganda eleitoral gratutia na TV que tem sido exibida pelo candidato do PRB. Sobre Serra, o petista afirmou tratar-se do "candidato da continuidade".

Depois da passeata, Haddad condeu entrevista coletiva no diretório municipal do PT, próximo à praça da República. O candidato aproveitou para dizer que seu comitê de campanha não trabalha com uma estratégia específica para aproximar o candidato do eleitorado evangélico, ao contrário do que foi publicado em um jornal da capital paulista. "Minha campanha é baseada no respeito à liberdade religiosa e na defesa do Estado laico", resumiu.

Por fim, aproveitando a temática da passeata desta segunda --de defesa dos direitos das mulheres-- Haddad fez uma típica promessa de campanha: oferecer ensino integral nas escolas da prefeitura para 100 mil crianças até o final de seu eventual segundo ano de mandato.

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