No Jardim Ângela, Marta participa de 1º ato de campanha com Haddad, que ataca Russomano

Vinícius Segalla

Do UOL, em São Paulo

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) participou nesta sexta-feira (7) de uma carreata de campanha do candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, no extremo sul da capital paulista, na região do Jardim Ângela e M´Boi Mirim, reduto eleitoral da ex-prefeita.

Este foi o primeiro evento de rua da campanha petista em São Paulo em que a senadora participou ativamente. Marta era uma das "candidatas a candidato" do PT, mas foi preterida por Haddad graças à intervenção pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No ato, que percorreu mais de dez quilômetros pelas ruas estreitas do extremo sul paulistano, Marta esteve todo tempo ao lado de Haddad, acenando e sorrindo para os eleitores de cima de um carro de som.

Ao fim do evento, que contou com cerca de uma centena de carros e não chegou a empolgar os moradores locais (em muitos lugares o trânsito gerado pelos veículos da carreata gerou protestos dos motoristas), Haddad e Marta fizeram um rápido corpo a corpo com os eleitores e falaram com os jornalistas.

A senadora afirmou que "entrou de vez" na campanha de São Paulo, e anunciou que este foi o primeiro de muitos eventos em que ela vai participar. Neste sábado, Marta deverá participar de outra carreata ao lado do candidato petista, desta vez em Paralheiros, outro bairro do extremo sul da capital. 

Marta aproveitou a oportunidade para responder às críticas do candidato José Serra (PSDB) à sua gestão (2001-2004) frente à prefeitura paulistana. Recentemente, o tucano afirmou que Marta deixou os cofres da prefeitura quebrados ao fim da sua administração.

"Ele [Serra] está dizendo mentiras, o Tribunal de Contas do Município comprovou que eu deixei a prefeitura com caixa positivo", afirmou a ex-prefeita.

Já Haddad, entre um abraço e outro nos eleitores, afirmou que está preocupado com a mistura entre religião e política que o candidato Celso Russomano (PRB) estaria promovendo em sua campanha.

Questionado por um repórter sobre a notícia de que o adversário estaria contando com bispos de uma igreja evangélica para pedir votos, o petista disse que "demoramos muito tempo para chegar ao estado atual de modernidade, em que há uma separação entre igreja e Estado. Misturar as duas coisas pode levar ao fundamentalismo, que é a última coisa que queremos".

O petista também criticou a última polêmica envolvendo Russomano e Serra, que trocaram ofensas na última quinta-feira, quando o tucano afirmou que Russomano, líder nas pesquisas, não teria "onde colocar o rabo" caso viesse a ser eleito. "Temos que ter o cuidado de manter o nível da campanha eleitoral. Eles trocaram ofensas e o que ganharam com isso? O que a cidade ganhou com isso? Nada".

Sobre a região visitada, Haddad afirmou que o principal problema é o trânsito. Ele voltou a prometer a ampliação da Estrada do M`Boi Mirim, uma das principais vias da região.

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