Na TV, Serra cita mensalão como forma 'nefasta' de se fazer política

Do UOL, em São Paulo

No programa eleitoral da televisão desta sexta-feira (7), Dia da Independência, o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, voltou a citar o mensalão. “Não adianta dizer que faz o bem, fazendo o mal. São Paulo e o Brasil estão vendo o STF (Supremo Tribunal Federal) julgar o mensalão, mandando para cadeia um jeito nefasto, maléfico de se fazer politica”, disse.

O tucano disse ainda que a data é “a hora certa” para pensar que política se faz “acima de tudo com honra, decência.” Serra, no entanto,  é apoiado por Valdemar Costa Neto (PR), também réu do mensalão.

No julgamento, o petista João Paulo Cunha foi condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato (uso de cargo público para prática de desvios). Também foram condenados os publicitários Marcos Valério, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz (ambos ex-sócios de Valério) e Henrique Pizzolato (ex-diretor de marketing do Banco do Brasil) por peculato e corrupção (passiva para Pizzolato e ativa para os publicitários). O ex-diretor do BB também foi condenado por lavagem de dinheiro.

O caso do mensalão, denunciado em 2005, tem membros da alta cúpula do PT, como o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) entre os réus. No total, são acusados 14 políticos, entre ex-ministros, dirigentes de partido e antigos e atuais deputados federais.

Em seu programa, Fernando Haddad (PT) visitou duas favelas que sofreram com incêndios, Moinho e Jardim Rincão, e prometeu trazer o programa “Minha Casa, Minha Vida”  - programa do Governo Federal de construção de moradias - para a cidade.

A senadora Marta Suplicy (PT) voltou a aparecer no programa do petista e disse que Haddad vai acelerar os trabalhos já feitos por ela e que, para isso, ele vai contar com orçamento muito maior do que ela teve. 

Celso Russomanno (PRB), líder nas pesquisas de intenção de voto, disse que sua liderança “é o caminho que o povo escolheu” e voltou a agradecer o apoio.

Chalita (PMDB) ressaltou a dificuldade de famílias de conseguir vagas em creches na capital paulista e prometeu construir mais 1.200 unidades com ajuda do Estado e da União. O candidato voltou a se colocar como o único capaz de unir as duas esferas de governo.

Paulinho da Força (PDT) reforçou seu plano de redução de IPTU para levar empresas aos bairros mais periféricos da cidade. O ministro do Trabalho, Brizola Neto, participou do programa demonstrando apoio ao candidato do PDT.

Soninha (PPS) disse que, em um eventual governo seu, vai fornecer equipamentos a catadores de produtos recicláveis e que a prefeitura vai contratar e pagar pelos serviços que prestam.

Eymael (PSDC) disse que São Paulo parou e que a redução de tributos é o que fará a cidade voltar a crescer.

Miguel Manso (PPL) também lembrou o Dia da Independência e criticou o governo Dilma dizendo que ele beneficiou os bancos. Ana Luiza (PSTU)  disse que o país ainda não está independente e criticou o governo Dilma por ajudar os bancos.

Anai Caproni (PCO) criticou os serviços de saúde, transporte e a indústria da multa, que, segundo ela, foi criada pela atual administração de Gilberto Kassab (PSD).
 

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