Kassab e Alckmin são mais citados que Dilma em debate entre candidatos de São Paulo

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), e o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), foram os políticos mais citados pelos candidatos à prefeitura paulistana, na noite dessa quinta-feira (2), no primeiro debate transmitido pela TV. O encontro teve duas horas de duração e foi promovido pela TV Bandeirantes.

Com dez e nove menções diretas e indiretas cada um, respectivamente, Kassab e Alckmin ficaram à frente de citações direta e indiretas em relação à presidente Dilma Rousseff (PT), por exemplo, que surgiu em oito oportunidades ao longo do debate nas respostas.

À exceção de Serra, cujo vice, Alexandre Schneider (PSD), era secretário de Educação na gestão Kassab, os adversários usaram o atual chefe do Executivo municipal como alvo de críticas. Carlos Giannazi, do PSOL, citou já no primeiro bloco, sobre o tema saúde, que “a gestão Kassab prometeu três hospitais que, até agora, não saíram nem do papel”.

As críticas também foram direcionadas pelo candidato do PMDB, Gabriel Chalita, que mencionou números da dívida deixada pela gestão de Marta Suplicy (PT) a Serra, em administrações anteriores, e de Serra a Kassab. “A Marta, em 2004, deixou uma dívida para o Serra de R$ 35,2 bilhões, e o Serra entregou para o Kassab, um ano depois [quando deixou a prefeitura, eleito governador], [a dívida] com R$ 2 bilhões a mais. Como Serra e Kassab são uma administração só, veja bem a que nível chegamos”, disse.

O prefeito ainda foi criticado por Giannazi por conta das recentes nomeações de militares da reserva para as subprefeituras, mas foi elogiado por Serra tanto em políticas de saúde quanto de mobilidade e transporte.

“Durante 17 anos não se fez nenhum hospital’”, afirmou o tucano, para completar que, na gestão Kassab, foram “cerca de dois e mais um incorporado: em Cidade Tiradentes, M’Boi Mirim e Jaçanã”. O tucano ainda citou o aliado sobre investimentos da prefeitura no sistema metroviário -- “ele colocou R$ 1 bilhão para ajudar o metrô” --e na despoluição de “100 córregos” da capital.

Alckmin

O governador de São Paulo foi citado por Serra em números sobre expansão do metrô --“estão sendo tocadas quatro linhas novas de metrô, ano que vem, sete; nunca se fez tanto”-- e leitos de hospitais. “Com Alckmin, o total de leitos aumentou em 1700, de 2004 para cá”.

Até Chalita, que foi secretário de Educação no começo da atual gestão do tucano, mencionou o governador sem críticas: referiu-se a ele como futuro parceiro, a exemplo de Dilma –cujo vice, Michel Temer, é do PMDB. “Quero trabalhar em parceria. Quem perde quando um partido trabalha contra o outro é a população”, definiu.

Dilma

Já a presidente, apesar dos bons resultados nas últimas avaliações de popularidade, foi citada por Haddad, que lembrou ter sido ministro da Educação no governo dela e de Lula, e por Chalita, que prometeu parceria com a presidente e tentativa de renegociar dívida do Estado com a União. “Mas a presidente será sensível e vai ajudar São Paulo”, concluiu.

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