Após alerta de procurador, Paes começa campanha no Rio em silêncio e ao lado de Dilma

Rodrigo Teixeira

Do UOL, no Rio

O prefeito do Rio de Janeiro e candidato à reeleição Eduardo Paes (PMDB) compareceu à inauguração de 281 unidades do programa habitacional Bairro Carioca, no bairro de Triagem, zona norte da cidade, ao lado da presidente Dilma Roussef, mas manteve-se calado durante todo o evento.

Paes havia sido advertido pelo procurador regional do Rio de Janeiro de que sua agenda pública como prefeito poderia ser caracterizada como uso da máquina e abuso de poder político em sua campanha para reeleição.

A assessoria de imprensa de Paes informou ao UOL que o prefeito não discursou por uma decisão pessoal dele, e não por recomendação do Ministério Público Eleitoral.

Apesar do prefeito não ter se pronunciado, o evento foi organizado como um comício eleitoral. Uma banda tocava marchinhas de carnaval, palhaços faziam shows, balões eram distribuídos para as crianças e pipoca e algodão doce também foram servidos aos presentes.

Os futuros moradores das 281 moradias do “Bairro Carioca”, no bairro de Triagem, na zona norte, são oriundos de comunidades em áreas de risco do Rio ou perderam suas casas durantes das catástrofes naturais ocorridas nos períodos de chuva na cidade.

Discurso de Dilma é interrompido por estudantes

Manifestantes ligados à União Nacional dos Estudantes (UNE) interromperam o discurso da presidente Dilma Rousseff durante o evento. Aos gritos, cerca de 20 estudantes exigiam a aplicação imediata de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na área de Educação.

Marcio Marlon, estudante de Ciências da Computação da Universidade Estadual da Zona Oeste (UEZO), defendia o direito de protestar, “Isso daqui é um evento público, fomos reprimidos pelos seguranças, querem tirar a gente na truculência”, disse o universitário.

Já o estudante de Biofísica Flavio Rocha, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), disse que foi agredido por seguranças. “Queremos que a Dilma aprove os 10% para a educação”, afirmou Rocha “Eu fui agredido fisicamente pelos seguranças, não precisava disso, picaram o meu cartaz”.

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