José Serra, pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, recebeu oficialmente o apoio do PR em evento realizado na capital paulista na tarde desta segunda-feira (4) e minimizou o fato do deputado federal Valdemar Costa Neto, principal articulador para costurar a aliança entre as duas siglas, ser réu no processo sobre o mensalão.

 

"Se for proibido para partidos que têm pessoas que estão no processo, o PT não poderia nem disputar eleição, porque ele que coordenou e que comandou a organização desse chamado mensalão", afirmou o tucano, que destacou também a importância da aliança para aumentar o tempo de seu programa eleitoral na televisão.

Apesar de ter sido cortejado pelo PT e de fazer parte da base aliada da Presidente Dilma Roussef, muitos republicanos ainda se ressentem com a saída de Alfredo Nascimento do Ministério dos Transportes, em 2011, quando integrantes da pasta foram acusados de superfaturar obras. Ele foi um dos principais articuladores da aliança com os tucanos.

Nascimento, que reassumiu seu mandato no Senado e é presidente nacional do PR, negou durante o evento as acusações de que a aliança feita com o PSDB na capital paulista foi uma revanche política contra o PT por conta de sua saída do governo Dilma.

"Eu tenho muito respeito pelo Lula e pela presidente Dilma, mas essa foi uma decisão política tomada pela executiva municipal e estadual do partido, sem ressentimentos envolvidos."

Serra evita rebater Lula e Tiririca brinca com aparência do tucano

O pré-candidato do PSDB evitou rebater os comentários feitos pelo ex-presidente Lula no último fim de semana, durante o lançamento oficial da pré-candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. "Eu não vou virar comentarista das coisas que o Lula fala".

O deputado federal Tiririca, nome mais conhecido do PR e provável garoto-propaganda de Serra durante a campanha em São Paulo, brincou com a aparência física de Serra durante o evento. "Eleição não é concurso de beleza, se fosse o Serra estava perdido".