PSDB de Aécio recebe 22 vezes mais doações que o PT em Minas Gerais
Carlos Eduardo Cherem
Do UOL, em Belo Horizonte
O diretório estadual do PSDB de Minas Gerais recebeu em 2010 doações de empresas e particulares de R$ 39,8 milhões, valor 22 vezes superior ao recebido pelo PT mineiro no mesmo período, de R$ 1,8 milhão. Em 2010, foram eleitos os dois candidatos da legenda – Antônio Anastásia para o governo do Estado e Aécio Neves para o senado.
VEJA OS GASTOS DOS PARTIDOS
Ano | PT | PSDB | PSB | PMDB |
2007 | R$ 714 mil | R$ 1,9 milhão | R$ 32 mil | R$ 268 mil |
2008 | R$ 1,4 milhão | R$ 7,3 milhões | R$ 4,1 milhões | R$ 464 mil |
2009 | R$ 1,4 milhão | R$ 1,02 milhão | R$ 68 mil | R$ 389 mil |
2010 | R$ 1,8 mihão | R$ 39,9 milhões | R$ 102 mil | R$ 6,6 milhões |
2011 | R$ 1,1 milhão | R$ 1,9 milhão | R$ 242 mil | R$ 1,3 milhão |
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (15) pelo TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais).
De acordo com o balanço, em 2008, o PSB recebeu R$ 4,1 milhões, valor 128 vezes superior às doações do ano anterior, quando o partido recebeu R$ 32 mil.
EM 2008, Márcio Lacerda foi eleito prefeito de Belo Horizonte.
Em 2008, os tucanos, que apoiaram informalmente a chapa de Lacerda, receberam doações superiores aos petistas, que indicaram o nome do vice prefeito Roberto Carvalho: R$ 1,4 milhão diante de R$ 7,3 milhões, cifra cinco vezes superior.
O PMDB, por sua vez, recebeu doações de R$ 6,6 milhões em 2010, ano em que o ex-ministro Hélio Costa disputou o governo do Estado.
O valor é 66 vezes superior ao arrecadado pela legenda em 2008, quando o candidato da legenda, Leonardo Quintão, disputou o segundo turno na capital mineira.
Gastos e despesas em 2011
Os gastos de 23 partidos em Minas Gerais, no ano passado, totalizaram R$ 11,8 milhões. As receitas dos diretórios regionais mineiros chegaram a R$ 12,8 milhões. Os números incluem as somas do fundo partidário e de recursos doados por empresas e particulares.
Os totais das receitas do fundo partidário foram de R$ 5,5 milhões e R$ 7,3 milhões, doações. As despesas do fundo partidário foram da ordem de R$ 6,1 milhões e R$ 5,7 milhões, de doações.
De acordo com os dados, em 2011, o partido que mais arrecadou no Estado foi o PMDB, com R$ 3,04 milhões, seguido pelo PT com R$ 2,4 milhões, do PSDB com R$ 2,7 milhões, do PP com R$ 686 mil.
As despesas dessas legendas foram: PMDB (R$ 2,6 milhões), PT (R$ 2,1 milhões), PSDB (R$ 2,9 milhões), e, finalmente, o PP (R$ 615 mil).
Os partidos que apresentaram as menores receitas e despesas, em 2011, foram: o PSOL, com R$ 10,2 mil e R$ 9,7 mil, e o PSTU, com receita e despesa iguais de R$ 13,9 mil.
O recém criado PSD apresentou receita de R$ 62 mil e despesa de R$ 28 mil.
A entrega dos balanços financeiros dos partidos é obrigatória. Não entregaram as prestações de contas, de 2011, ao TRE mineiro, dentro do prazo, o PCO, PMN, PRTB, PSDC, PTC e PTN.