"Ele não voltará", diz Kassab sobre diretor que acumulou 106 imóveis em sete anos

Do UOL, em São Paulo

Acusado de chefiar um esquema de corrupção em que cobrava propina para acelerar a liberação de imóveis em São Paulo, o ex-diretor da Aprov (Departamento de Aprovação das Edificações) Hussain Aref  Saab será mantido afastado do cargo, afirmou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), nesta segunda-feira (14).

"O afastei por recomendação da Corregedoria-Geral do Município, ele já tinha pedido afastamento por saúde três dias antes. Prevalece a recomendação, ele não voltará", disse o prefeito à "Rádio Bandeirantes".

Segundo Kassab, as suspeitas contra o funcionário começaram após denúncia anônima encaminhada ao seu gabinete.

"Logo depois, surgiu uma nova denúncia e já foi encaminhada. Com certeza, seguirá para o Ministério Público", afirmou.

Patrimônio de diretor é apurado

De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, o ex-diretor adquiriu 106 imóveis enquanto aprovava plantas de empreendimentos imobiliários na prefeitura, em pouco mais de sete anos quando esteve no cargo.

A indicação do funcionário foi de Kassab, que na época era vice-prefeito de José Serra (PSDB), em 2005.

Com renda mensal declara de R$ 20 mil, entre rendimentos de aluguéis e salário bruto da prefeitura de R$ 9.400,00, Saab acumulou patrimônio superior a R$ 50 milhões.

Em depoimento à Corregedoria, o ex-diretor não soube informar seu patrimônio. O advogado dele, Augusto de Arruda Botelho, nega as acusações.

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