Para especialista, "pacote de bondades" é comum para quem quer se reeleger

Rafael Moro Martins

Do UOL, em Curitiba

O cientista político Adriano Codato, professor-adjunto da UFPR (Universidade Federal do Paraná), afirmou que é comum entre os prefeitos que têm interesse em se reeleger a criação de “pacotes de bondade” no último ano de seus mandato, como ocorre no caso do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB).

“Os políticos agem racionalmente, guardam dinheiro para fazer obras e dar aumentos, o famoso pacote de bondades, no último ano, num cálculo eleitoral. Até aí, nenhuma surpresa. O que é curioso é que eles sempre neguem isso, como se todos fôssemos todos bobos”, afirmou cientista político

“Assim, vemos o governador [Beto Richa] que diz que não está em campanha, mas aparece o tempo todo ao lado do prefeito. Eles falam qualquer coisa e esperam que o eleitor engula. Mas o eleitor também é racional. Mesmo que não tenha informação ou que não compreenda o contexto, sabe quem que políticos são 'cara de pau' e falam esse tipo de coisa”, disse.

 

“Desde que as eleições se tornaram rotineiras no Brasil, principalmente após 1988, entramos no jogo comum às democracias de massa. Em todo lugar é assim, o que não significa que seja correto ou justo”, disse Codato.

“E, da mesma forma, movimentos sociais, como sindicatos, guardam sua munição para o ano eleitoral. É parte do jogo democrático, ainda que nem sempre seja justo”, acrescentou o cientista político.

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