Não é apenas o candidato governista que ainda está indefinido na disputa pela Prefeitura de Fortaleza. Na oposição, também sobram incertezas. O único que já teve a pré-candidatura confirmada foi o deputado estadual Heitor Férrer (PDT). Contudo, a maior oposição pode sair mesmo da base aliada: o senador Inácio Arruda (PC do B-CE) afirma que será candidato e poderá ser o “plano B” do PSB de Cid Gomes em caso de rompimento.

Inácio diz que já recebeu até mesmo o aval da presidente Dilma Rousseff (PT) para essa empreitada, mesmo que seja contra uma candidatura petista. “O partido decidiu que terá candidatos em dez capitais importantes, inclusive em Fortaleza, por uma necessidade estratégica. Quem não participa das disputas e não ocupa espaços importantes, vira coadjuvante, tem apenas uma opinião marginal. E o PC do B não pode correr o risco de encolher”, disse.

Em 2004, quando Luizianne Lins (PT) venceu pela primeira vez, Inácio também era candidato e contava com o apoio da cúpula do PT nacional, que insistia para que a petista desistisse da disputa. Luizianne venceu na época apenas com o apoio do PSB, que ainda não contava com a filiação dos irmãos Ferreira Gomes.

Agora, Inácio volta a procurar os partidos da base, especialmente o PSB e o PMDB, para tentar uma candidatura forte, com bom tempo de propaganda eleitoral e recursos para a campanha. Ainda assim, ele mantém o discurso da união. “Nas capitais, há segundo turno. E aí está a chance de manter unida a ampla aliança em torno do governo federal”, afirmou.

O PSDB também defende candidatura própria e pode lançar o ex-deputado Marcos Cals, que foi candidato ao governo do Estado em 2010. Outro possível pré-candidato é o empresário Alexandre Pereira, do PPS, que tenta articular a união da oposição para se fortalecer diante da candidatura governista.

Para que tudo se defina, ele espera o retorno a Fortaleza do ex-deputado Moroni Torgan (DEM), que está em Portugal para uma missão religiosa. Moroni já foi candidato a prefeito de Fortaleza três vezes, chegando ao segundo turno contra Luizianne em 2004. Desgastado após tantas derrotas e depois de tanto tempo longe da cidade, ele pode aceitar ser vice ou candidato a vereador, segundo Pereira.