Haddad minimiza ausência de Marta em campanha e associa Kassab a Maluf e Pitta

Do UOL, em São Paulo

O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, minimizou a ausência da ex-prefeita Marta Suplicy em sua campanha e afirmou nesta quinta-feira (15) que “não é o momento” de a senadora petista atuar como cabo eleitoral. A afirmação foi feita em entrevista concedida à rádio CBN.

Ex-ministro da Educação nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, Haddad, 49, descartou a possibilidade de Marta o substituir como pré-candidato. "Há uma central de boato que usa desse expediente. Eu deveria ser a pessoa que menos preocupa [na disputa], e, aparentemente, sou a pessoa que mais preocupa o PSDB”, concluiu.

O desempenho de Haddad na última pesquisa Datafolha preocupa o PT. No melhor cenário para o petista, simulado em março, ele chega a 8% das intenções de votos. Ainda segundo a pesquisa, apenas 41% dos eleitores conhecem Haddad.

Marta foi prefeita da capital paulista de 2000 a 2004 e manifestara a intenção de disputar o atual pleito. O apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porém, foi decisivo para a escolha de Haddad.

Indagado se a senadora hoje é aliada ou adversária, Haddad definiu: “Ela vai deixar o Senado para me acompanhar em visitas técnicas? Não é o momento da campanha. Nossa conversa é boa e estamos sempre em contato com ela, até para saber o momento oportuno de ela entrar”, disse.

Ataque a Kassab

O pré-candidato do PT subiu o tom contra o prefeito Gilberto Kassab (PSD) e o associou aos antecessores Celso Pitta e Paulo Maluf. O ex-ministro, que negociava uma aliança com Kassab até fevereiro, lembrou que o prefeito foi secretário de Planejamento da gestão Pitta e afirmou que ele representa a continuidade do malufismo, rival histórico do PT na cidade.

"Tivemos a gestão da [Luiza] Erundina e depois oito anos de Maluf e Pitta, de quem o Kassab foi secretário de Planejamento. Tem uma continuidade entre Maluf-Pitta e agora Serra-Kassab", disse Haddad.

Lula na linha

Em recuperação de uma infecção pulmonar, o ex-presidente Lula voltou à atividade política, informa a coluna Painel da Folha de S.Paulo. Ele telefonou para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para tratar do apoio do PSB à campanha de seu afilhado político e aposta pessoal para a Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad.

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