O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que o governo acompanha a crise cambial, mas não tomará "medidas impopulares" no final de seu mandato, para poupar a presidente eleita, Dilma Rousseff. No entanto, afirmou que fará o que for "necessário" para um bom início dela.
"Não temos pela frente medidas impopulares. Vamos fazer o necessário para garantir que Dilma receba o governo em 1º de janeiro sem percalços".
Com relação às taxas de câmbio, Lula disse que não vai fazer mudanças. "Câmbio nem eu nem a Dilma [vamos mudar] não é assim que funciona. O único consenso é que queremos o câmbio flutuante, e os EUA e a CHina estão fazendo uma guerra cambial."
Os países estão desavalorizando suas moedas para que seus produtos sejam mais exportados, pois ficam mais baratos. A importação de mercadoria mais barata é um risco para a indústria nacional e para os empregos, pois fábricas podem fechar por não conseguirem concorrer com o material estrangeiro.
Lula disse, no entanto, que o Ministério da Fazenda e o Banco Central estão atentos ao problema. "O Guido [Mantega, ministro da Fazenda] e o [Henrique] Meirelles [presidente do Banco Central] sabem que têm de acompanhar a questão do câmbio, tomar medidas para que nossa moeda não fique sobrevalorizada."