28/10/2010 - 14h12

Eleita ao Senado não acredita em nova eleição no Pará

Camila Campanerut
Do UOL Eleições
Em Brasília

A quarta colocada nas eleições para o Senado pelo Pará, Marinor Brito (PSOL), comemorou nesta quinta-feira (28) a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que rejeitou o recurso do ex-senador Jader Barbalho, considerado como ficha suja.  “Eu sou senadora eleita. Tive quase 800 mil votos, tive toda legitimidade”, afirmou em visita ao Senado. 

Atual presidente do PSOL e vereadora por três mandatos, Marinor aguarda a decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Pará que deve analisar ainda esta semana como irá se configurar o cenário político para os votos ao Senado no Estado. 

Dois candidatos com registros indeferidos, Barbalho e Paulo Rocha (PT), somarem 57% dos votos, o que anularia o pleito. O TRE se manifestou hoje informando entender que não há necessidade de uma nova eleição, mas aguarda ser provocado para decidir sobre o caso. 

“Eu não tenho nenhum medo que a eleição seja anulada. Cabe ao Tribunal Regional Eleitoral e ao TSE decidir [a respeito de uma nova eleição], mas eu não acredito que isso vá ocorrer, até porque tem toda uma mobilização da opinião pública pela aplicação da Lei da Ficha Limpa”, declarou Marinor. 

No primeiro turno, os votos válidos reelegeram o senador Flexa Ribeiro (PSDB) (que obteve 1.817.644 votos) e colocam na segunda vaga Marinor Brito (que recebeu 727.583 votos). 

O novo empate sobre a questão no STF (Supremo Tribunal Federal) manteve a validade da Lei da Ficha Limpa e barrou candidatos que renunciaram para manter seus mandatos, caso de Barbalho. O ex-senador se enquadrou na nova lei por ter renunciado ao mandato de senador, em 2001, para escapar de uma possível cassação por suposto desvio de dinheiro do Banpará (Banco do Estado do Pará), venda irregular de títulos da dívida agrária e denúncias de fraudes na Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia). 

O petista Paulo Rocha também teve o registro rejeitado no TSE. A ele, também é aplicado, pelo princípio da repercussão geral, o entendimento do Supremo. Rocha também renunciou ao cargo de deputado federal em 2005 para evitar um possível processo disciplina, sob acusação de envolvimento no esquema do mensalão.

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