O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, usou seu horário eleitoral da tarde desta quarta-feira (20) para criticar a administração da rival, a petista Dilma Rousseff, à frente da Secretaria da Fazenda de Porto Alegre, sob o comando do prefeito Alceu Collares (PDT), no fim da década de 1980.
Depois de exibir manchetes de jornais da época denunciando o "caos" da gestão municipal e de acusar a petista de fazer "tanta trapalhada que foi criticada até pela turma do PT", o programa exibiu um depoimento de Políbio Braga, sucessor de Dilma no cargo.
"Encontrei a Secretaria Municipal da Fazenda em completa desordem. Não tinha um centavo nem para pagar o salário do mês", disse Braga, que hoje atua como jornalista e ficou conhecido no Rio Grande do Sul por defender a gestão da governadora Yeda Crusius, do PSDB. "Eu atribuo [a desordem da gestão Dilma] à incompetência mesmo", afirmou.
Em seu programa, a candidata do PT repetiu promessas na área social, como a criação de moradias, o fortalecimento da política de concessão de microcrédito e o investimento de R$ 34 bilhões em água e saneamento básico.
Dilma também voltou a exibir o depoimento de seu vice, Michel Temer (PMDB). Ele exaltou a base de sustentação política que a ex-ministra da Casa Civil terá para governar o país se for eleita.
"Dilma chegará à Presidência em condições excepcionais, melhores, inclusive, que as do presidente Lula", afirmou Temer. "Com o apoio do meu partido, o PMDB, e das bancadas dos partidos aliados, Dilma poderá governar com tranquilidade, e fazer de forma rápida as reformas que o Brasil necessita", disse.
A propaganda da candidata também exibiu imagens de um ato com artistas que apoiaram sua candidatura, realizado na noite de segunda-feira (18) no Rio de Janeiro, incluindo um depoimento do cantor e compositor Chico Buarque.
A peça mostrou ainda os resultados da pesquisa Vox Populi divulgada na noite de segunda, em que a petista lidera com 51% das intenções de voto, contra 39% de seu adversário.