20/10/2010 - 18h08

Em nota, PF desmente ligação de quebra de sigilo com campanha eleitoral

Do UOL Eleições
Em São Paulo

Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira (20), a Polícia Federal negou que a investigação sobre a quebra de sigilo de pessoas ligadas ao PSDB tenha motivação eleitoral.

Segundo reportagem publicada hoje no jornal Folha de S.Paulo, a investigação já teria descoberto que o pedido da quebra partiu do jornalista Amaury Ribeiro Jr.  Ainda segundo a reportagem, a PF também teria identificado o homem que intermediou a compra dos dados obtidos ilegalmente em agências da Receita no Estado de São Paulo. Trata-se do despachante Dirceu Rodrigues Garcia.

Em depoimento à PF nesta quarta, Amaury confirmou que encomendou dados de dirigentes tucanos e familiares de José Serra (PSDB).

De acordo com a PF, "os dados violados foram utilizados para a confecção de relatórios, mas não foi comprovada sua utilização em campanha política".

Veja a íntegra da nota:

"Sobre as investigações para apurar suposta quebra de sigilo de dados da Receita Federal, a Polícia Federal esclarece que:

1-    O fato motivador da instauração de inquérito nesta instituição, quebra de sigilo fiscal, já está esclarecido e os responsáveis identificados. O inquérito policial encontra-se em sua fase final e, depois de concluídas as diligências, será encaminhado à 12ª Vara Federal do Distrito Federal;

2-    Em 120 dias de investigação, foram realizadas diversas diligências e ouvidas 37 pessoas em mais de 50 depoimentos, que resultaram, até o momento, em 7 indiciamentos;

3-    A investigação identificou que a quebra de sigilo ocorreu entre setembro e outubro de 2009 e envolveu servidores da Receita Federal, despachantes e clientes que encomendavam os dados, entre eles um jornalista;

4-    As provas colhidas apontam que o jornalista utilizou os serviços de levantamento de informações de empresas e pessoas físicas desde o final de 2008 no interesse de investigações próprias;

5-    Os dados violados foram utilizados para a confecção de relatórios, mas não foi comprovada sua utilização em campanha política;

6-    A Polícia Federal refuta qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação."

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