18/10/2010 - 20h45

No Jornal Nacional, Dilma insinua que Serra "acoberta" acusações contra Paulo Preto

Do UOL Eleições
Em São Paulo

Em entrevista ao Jornal Nacional na noite desta segunda-feira (18), a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, insinuou que seu rival, o tucano José Serra, "acoberta" acusações contra o engenheiro Paulo Vieira de Sousa, o Paulo Preto, acusado por líderes do PSDB de desviar R$ 4 milhões doados para um suposto caixa 2 da campanha do presidenciável.  

"Há uma diferença entre nós e o meu adversário", disse a petista, depois de associar o ex-governador de São Paulo a Preto, que foi diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A) durante sua gestão no Palácio dos Bandeirantes. "Até agora não houve uma investigação e nenhum processo, pelo contrário. Há uma diferença entre quem investiga e pune e quem acoberta e cria uma sensação de impunidade", disse.

A declaração foi dada após Dilma ser questionada sobre a saída de Erenice Guerra da Casa Civil. Erenice foi indicada pela própria Dilma para sucedê-la no comando da pasta, mas pediu demissão pouco antes do primeiro turno ao ter seu nome envolvido em acusações de tráfico de influência. "A gente tem que ser muito claro com o eleitor e não tentar enganá-lo. Erros acontecem em todo governo", disse. "O que diferencia o governo é a atitude em relação ao erro. Nós investigamos e punimos", afirmou.

Dilma também foi indagada sobre sua mudança de posição em relação à legalização do aborto. "Nessa história do aborto houve muita confusão. Eu sou pessoalmente contra o aborto. Mas o que acontece com o presidente da República? Ele não pode fingir que não existem milhões de mulheres que recorrem ao aborto, e que muitas delas fazem isso em situações muito precárias, que podem levar à morte", afirmou a petista. "Você não pode prender essas mulheres, tem que cuidar delas".

Ela ainda respondeu a uma pergunta sobre sua relação com Ciro Gomes, um de seus novos coordenadores de campanha. Antes do início oficial da disputa, Ciro havia dito que Serra era "mais preparado" que a candidata do PT. "Eu sempre disse que respeitava e entendia que ele naquele momento, que ele estava magoado porque nao pôde ser candidato à Presidência da República", disse. "Ele nos procurou e nós aceitamos prontamente".

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