Na TV, Dilma volta a ligar Serra a caixa 2, e tucano diz que não vai privatizar

Durante a propaganda eleitoral obrigatória da noite desta segunda-feira (18), os presidenciáveis repetiram os programas exibidos durante a tarde. A candidata do PT, Dilma Rousseff, associou José Serra ao engenheiro Paulo Preto, apontado como "um de seus principais auxiliares no governo de São Paulo". Preto teria desviado R$ 4 milhões que seriam para a campanha do tucano. O candidato do PSDB usou parte do seu tempo para dizer que não vai privatizar empresas como a Petrobras se eleito.

"No último dia 11, Serra negou o sumiço do dinheiro e garantiu que nem conhecia Paulo Preto. O acusado não gostou e pela imprensa mandou um recado a Serra: 'não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro'. Serra entendeu a mensagem e no dia seguinte, mudou de opinião. Afirmou que conhecia Paulo Preto e que ele era 'totalmente inocente'", disse um locutor.

"O fato é que Serra não podia ter negado que conhecia o acusado", prosseguiu a narração. "Paulo Preto foi diretor da estatal Dersa durante o seu governo em São Paulo. E a filha de Paulo Preto foi nomeada por Serra governador para cargo de confiança no Palácio dos Bandeirantes".

A propaganda petista citou também a saída da ministra Erenice Guerra da Casa Civil - ela saiu da pasta após ter seu nome envolvido em denúncias de tráfico de influência. "Nós temos uma diferença em relação ao candidato Serra. Nós investigamos. A Erenice saiu do governo e a Polícia Federal abriu um inquérito", disse Dilma, em imagens do debate Folha/Rede TV! que foram veiculadas no programa.

O candidato do PSDB também exibiu imagens do debate realizado neste domingo (17) em seu horário eleitoral. "Hoje não há empresas no Brasil para serem privatizadas. Há sim empresas para serem estatizadas", disse, se referindo ao que chama de loteamento de cargos a aliados políticos. Inclusive, continuou, ao "ex-presidente Collor, que é entusiasta apoiador da candidata Dilma. E isso eu vou acabar".

O programa tucano deu ainda destaque às propostas feitas pelo presidenciável durante o encontro. "Dois professores em sala de aula. Um ideia nota 10 do Serra", disse uma narração, em referência ao programa implementado pelo tucano quando foi prefeito da capital paulista.

Ele ainda falou em tratar com "respeito e amor" os deficientes físicos e criticou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ter cortado repasses para as APAEs (Associações de Pais e Amigos de Excepcionais).

"Eu não lembro da primeira vez que eu aprendi a andar. Mas eu nunca vou esquecer da segunda", disse outro narrador, anunciando a criação da rede Zilda Arns de atendimento a pessoas portadoras de deficiências.

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