17/10/2010 - 23h31

Políticos e simpatizantes na plateia tentam animar debate morno entre Dilma e Serra

Mauricio Stycer
UOL Eleições
Em São Paulo

Num encontro sem grandes embates, a maior atração no debate entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) acabou sendo as claques dos candidatos. Com aplausos, vaias, intervenções em meio a respostas, petistas e tucanos agitaram os estúdios da RedeTV!.

Serra foi o primeiro a entrar. Ganhou aplausos dos seus apoiadores, entre eles o governador de São Paulo, Alberto Goldman, o governador eleito, Geraldo Alckmin, e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Dilma entrou em seguida, não cumprimentou Serra e foi aplaudida de pé e aos gritos pela sua claque, formada pelo ministro Alexandre Padilha, a senadora eleita Marta Suplicy e o senador Eduardo Suplicy.

Quando Dilma observou que Serra e Alckmin tiveram uma divergência importante no governo de São Paulo a respeito das escolas em tempo integral, alguém na platéia tucana gritou “fofoca”. Reação semelhante ocorreu quando Serra falou da criação de um programa de saúde, levando Marta Suplicy a gritar “epa!”. A petista em seguida escreveu em seu Twitter que o programa foi uma criação petista.

Os candidatos foram semelhantes até ao provocar gargalhadas das platéias rivais. Serra levou os petistas a rirem quando disse que a pergunta sobre Paulo Preto era “oportuna”. Dilma disse a mesma coisa sobre a pergunta a respeito de Erenice Guerra, provocando risos no lado tucano.

Dilma arrancou aplausos da sua claque ao falar sobre a Cracolândia, em São Paulo, no meio de uma réplica a uma pergunta sobre privatizações. Já Serra foi muito aplaudido pelos seus apoiadores ao dizer que as ações da Petrobras subiram em resposta ao seu crescimento nas pesquisas.

Ao final do primeiro bloco, o marqueteiro de Dilma, João Santana, reclamou com a RedeTV! sobre a iluminação que estava sendo feita na candidata. A emissora contornou o problema. No diálogo de surdos que ocorreu na Rede TV!, Serra perguntou sobre drogas e Dilma respondeu sobre o pré-sal. A petista perguntou sobre privatização, o tucano respondeu sobre drogas. Nesses momentos, nenhuma das duas claques reclamou.

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