15/10/2010 - 15h31

Serra atribui vazamento no Enem a "frouxidão" e "propagandismo" do governo Lula

Rosanne D'Agostino
Do UOL Eleições
Em São Paulo
  • Serra em encontro com professores nesta sexta

    Serra em encontro com professores nesta sexta

O presidenciável José Serra afirmou nesta sexta-feira (15), Dia dos Professores, que o vazamento de dados de estudantes ocorrido no Enem (Exame Nacional do Ensino médio) foi fruto da “frouxidão” do governo federal, que transformou a prova em instrumento eleitoral.

A declaração foi feita durante encontro com cerca de 1.500 professores na Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista. “[O governo] Foi frouxo nesse trabalho. Não é por maldade, não é porque o governo queria isso. Mas o que aconteceu? Foi pela frouxidão, pelo propagandismo”, criticou.

Serra disse ainda que o PT era contra o Enem, mas que depois tentou transformá-lo em instrumento eleitoral. “E agora é um perigo para os estudantes que tiveram seus dados expostos a bandidos e aproveitadores. É um enlace de um processo que se desmoralizou”, completou.

Acompanhado do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, do vice do tucano, Guilherme Afif, e do secretário Estadual da Educação, Paulo Renato, Serra prometeu uma “revolução silenciosa no setor”. “Não manipulação, como ocorre hoje”, afirmou.

Serra também prometeu continuar o ProUni e criar o ProTec (o ProUni do ensino técnico). “O ProUni estou de acordo, vamos manter. O governo federal conseguiu inserir o dinheiro público no ensino privado, mas eu me pergunto se fosse o Paulo Renato e a Maria Helena [ex-secretária estadual da Educação] que tivessem criado”.

Por fim, o tucano disse que já foi professor para criticar a campanha da adversária na disputa presidencial, a petista Dilma Rousseff. “O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) condenou a presidente a Apeoesp (sindicato dos professores do ensino oficial do Estado de São Paulo) por fazer campanha eleitoral dentro do sindicalismo”, disse Serra, classificando o ato de “corporativismo” e “aparelhismo”.

“Temos que ter um plano efetivo para a educação que envolva o presidente da República. A educação tem que ser uma causa nacional, uma coisa concreta, não de papel”, finalizou o tucano.
 

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