15/10/2010 - 17h22

Em um dia, Dilma ganha apoio de cristãos, MST e promete não legislar sobre aborto

Do UOL Eleições
Em São Paulo

Em um intervalo de pouco mais de 24 horas, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, obteve apoio de dois segmentos da sociedade e divulgou uma carta em que se comprometeu a não legislar sobre o aborto.

No documento divulgado na tarde desta sexta-feira, a ex-ministra da Casa Civil se compromete a "não tomar iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família".

As movimentações surgem em meio à um campanha travada no segundo turno entre ela e seu rival, o tucano José Serra, em torno da questão da legalização do aborto.

Evangélicos e MST

Na quinta-feira (14), religiosos divulgaram o "Manifesto de Cristãos e cristãs evangélicos/as e católicos/as em favor da vida e da Vida em Abundância", também com o objetivo de apoiar a presidenciável nessa etapa do processo eleitoral.

Assinado por religiosos como os bispo eméritos Dom Thomas Balduino e Dom Pedro Casaldáliga, o texto afirma: "Diante de posturas autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé, nos sentimos obrigados a atualizar a palavra de Jesus, afirmando, agora, diante de todo o Brasil: 'se nos calarmos, até as pedras gritarão!'”.

O apoio mais recente foi o do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), entidade historicamente próxima ao PT, mas que se distanciou do partido após o início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O manifesto "Vamos eleger Dilma Rousseff presidenta do Brasil" foi divulgado no site dos sem terra também nesta sexta. "Precisamos derrotar a candidatura Serra, que representa as forças direitistas e fascistas do país. Devemos seguir organizando o povo para que lute por seus direitos e mudanças sociais, mantendo sempre nossa autonomia política frente aos governos", diz o documento.

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