10/10/2010 - 21h33

Em meio a polêmica sobre aborto, Serra abusa do verbo nascer na TV, e Dilma critica FHC

Carlos Bencke
Do UOL Eleições
Em São Paulo

Assista à íntegra da propaganda obrigatória

Em seu programa no horário eleitoral obrigatório da noite deste domingo (10), o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, abusou do uso do verbo nascer e palavras derivadas.

Foram 17 vezes em 10 minutos. O programa, o terceiro desde a volta à TV no segundo turno, confirma tática de campanha de martelar no tema aborto, ainda que indiretamente.

O tucano deu os primeiros sinais de ter trocado o bordão “o Brasil pode mais” por “o Brasil que nasce a cada dia”. “Há um Brasil que nasce a cada dia. [...] É um país livre, não deste ou daquele partido”, disse.

Para tentar atrair os eleitores de Marina Silva, candidata verde que ficou de fora do segundo turno, Serra citou Chico Mendes e o “PV da Marina” e reforçou compromissos com a preservação do meio ambiente.

“O novo Brasil que está nascendo, passa pelo respeito ao meio ambiente”, disse uma atriz. “Crescimento econômico com respeito ao meio ambiente, ao ar que respiramos e a água que bebemos”, completou uma narração.

Dilma

A candidata Dilma Rousseff (PT) repetiu o programa da tarde quando reforçou as comparações entre os governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do antecessor, Fernando Henrique Cardoso.

Dilma criticou o ex-presidente abertamente pela primeira vez na campanha, ao falar sobre o programa Luz para Todos, que leva energia elétrica a áreas rurais. “Sabe por que nunca fizeram [antes de Lula]? Porque queriam cobrar de quem era mais pobre. Era assim na época do FHC”, afirmou. Um dos narradores do programa também voltou a comparar o governo atual aos “tempos de FHC e Serra”.

A ex-ministra-chefe da Casa Civil voltou a apresentar sua biografia, com a adição da “formação moral e religiosa” dada pelos pais. A petista não venceu a disputa no primeiro turno também por conta de críticas de religiosos, que a acusam de ter posição dúbia sobre a legalização do aborto. Serra endossa esses ataques e também voltou a usar referências cristãs em seu programa.

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