09/10/2010 - 17h29

Marina diz que decisão de diretórios regionais não vai influenciar convenção do PV

Marcos Chagas
Da Agência Brasil
Em Brasília

A senadora e candidata no primeiro turno à Presidência pelo PV, Marina Silva, disse hoje (9) que a decisão de diretórios regionais como o do Distrito Federal e o do Pará, de antecipar o apoio no segundo turno, não sinaliza o posicionamento nacional que a legenda adotará a partir da convenção do dia 17. Ela ressaltou, no entanto, que o estatuto do PV permite que a “minoria vencida” se manifeste de maneira contrária ao que for acordado em nível nacional. A candidata não quis antecipar, no entanto, se isso representa uma postura pessoal.

“As decisões locais não estão sinalizando o processo de decisão nacional”, destacou Marina em entrevista à imprensa. Ela acrescentou que, pessoalmente, defende que os diretórios regionais se posicionem com base em uma análise programática e não de acordo com uma “velha visão de troca de apoio por cargos ou por questões de afinidades pessoais”.

Sobre a posição pessoal que adotará de apoio ou neutralidade neste segundo turno, Marina Silva disse que não pode ter “a falsa modéstia” de que boa parte do seu eleitorado, no primeiro turno, aguarda sua decisão para ajudar na escolha que fará nas urnas no dia 31. Ela ressaltou porém a necessidade de debater o assunto com “os núcleos vivos da sociedade”, como o Movimento Marina Silva, movimentos sociais, representantes da sociedade e empresários, assim como fez com sua campanha no primeiro turno.

Em Brasília, onde venceu seus principais adversários – Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) – com 41,96% dos votos válidos, a candidata participou de um encontro promovido por eleitores e representantes do Movimento Marina Silva. No DF, o ex-candidato ao governo e presidente do PV regional, Eduardo Brandão, decidiu apoiar o petista Agnelo Queiroz na disputa contra Weslian Roriz (PSC).

No Pará, o representante o verde José Carlos Lima anunciou a manutenção da aliança com a petista Ana Júlia Carepa e reiterou o apoio à construção da Usina de Belo Monte, nos moldes defendidos pela candidata do PT e atual governadora do estado. Sobre a questão, Marina disse apenas que o documento encaminhado aos presidenciáveis é claro ao defender o cumprimento das condicionantes socioambientais em todas as etapas de construção da hidrelétrica.

O PV já encaminhou à Dilma Rousseff e José Serra dez pontos que o partido julga fundamentais para nortear a postura a ser apresentada na convenção. Ela defendeu que as negociações sejam conduzidas sob o viés do “amadurecimento político” e não movidas por qualquer caráter de interesse eleitoral.

Marina Silva ressaltou que o Partido Verde está hoje diante de “um embrião de terceira via” e, por isso, qualquer escolha terá que ser “adequadamente construída”. Ela acrescentou que a sociedade deixou um recado nas urnas, no primeiro turno, que desejam manter os avanços sociais, mas que não serão complacentes com eventuais erros.

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