07/10/2010 - 16h30

PT vai pedir investigação de folheto anti-Dilma à Polícia Federal

Camila Campanerut
Do UOL Eleições
Em Brasília

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, anunciou nesta quinta-feira (7) que o partido deve entrar com uma ação na Polícia Federal contra a campanha de José Serra (PSDB) para que se investigue a origem de um panfleto distribuído na reunião da cúpula de campanha do PSDB, ontem, em Brasília. O material, do tamanho de uma folha A4 dobrada ao meio, continha instruções de como propagar uma campanha anti-Dilma na internet.

O texto focava as críticas ao Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), lançado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva no ano passado. Em uma passagem, o panfleto recomenda o site do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, um dos fundadores da TFP ( Sociedade Brasileira de Defesa de Tradição, Família e Propriedade), uma das organizações mais conservadores do país.

“O PNDH-3 é um projeto de lei que tem por objetivo implantar em nossas leis a legalização do aborto, acabar com o direito da propriedade privada, limitar a liberdade religiosa, perseguir cristãos, legalizar a prostituição (e onde fica a dignidade dessas mulheres?), manipular e controlar os meios de comunicação, acabar com a liberdade de imprensa, taxas sobre fortunas o que afastará investimentos, dentre outros. É um decreto preparatório para um regime ditatorial”, dizia um dos trechos do documento distribuído aos participantes.

Uma pequena pilha desses panfletos foi deixada ao lado do local onde era servido café, próximo aos jornalistas que acompanhavam a reunião.

“Temos uma proposta que vamos apresentar a todos os partidos, que é um manifesto, chamando a militância para neste 2º turno para vencer as eleições para evitar e repelir esta verdadeira ‘guerra suja’ que estão sendo feita por alguns setores, tentando inclusive colocar temas religiosos como centro de uma disputa eleitoral nós achamos isso muito ruim para o Brasil”, disse Dutra. “Nós vivemos num Estado republicano que é inadimissível no Brasil moderno, no século XXI, que sejam colocadas questões que não estão relacionadas ao Executivo [no debate eleitoral]”, completou.

 

 

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